21/10/2022 às 09h54min - Atualizada em 23/10/2022 às 00h05min

Vestido usado pela personagem Juma Marruá é exposto em mostra no MAB FAAP

Exposição “De Fio a Fio - a Herança Têxtil Brasileira de 22 a 22” pode ser visitada pelo público de 21 de outubro a 4 de dezembro

SALA DA NOTÍCIA Assessoria de Imprensa
Assessoria de Imprensa da FAAP
Divulgação FAAP
O Museu de Arte Brasileira (MAB FAAP) abre ao público a exposição “De Fio a Fio - a Herança Têxtil Brasileira de 22 a 22”, promovida pela World Textile Art (WTA) no Brasil. Além de celebrar a realização da 10ª Bienal Internacional de Arte Têxtil Contemporânea, nesta edição sediada em Miami, a mostra comemora também o Jubileu de Prata da WTA e o Centenário da Semana de Arte Moderna Brasileira.

A exposição mostra a importante herança têxtil brasileira, traçando um panorama a partir da obra de Regina Gomide Graz, desde a Semana de Arte Moderna de 1922. A cronologia também inclui a continuidade desse legado, com o surgimento do Atelier Douchez-Nicola de Norberto Nicola e Jacques Douchez, e seus reflexos na arte têxtil contemporânea.

Com curadoria conjunta de Denise Mattar, Eva Soban e Juan Ojea, a exposição apresenta um conjunto de 30 obras têxteis de diversos artistas contemporâneos e homenageia três expoentes do segmento. A mostra também presta seu tributo ao local escolhido para sediá-la: há quase 50 anos, o MAB FAAP foi palco da Primeira Mostra Brasileira de Tapeçaria (1974).

“De Fio a Fio - a Herança Têxtil Brasileira de 22 a 22” é composta por três núcleos. Os dois primeiros - Centenário da arte têxtil no Brasil - homenageiam Regina Graz, Norberto Nicola e Jacques Douchez.

A artista Regina Graz, pioneira da arte têxtil no Brasil e no interesse pela tradição indígena brasileira, participou da Semana da Arte Moderna de 1922 e é uma das introdutoras do estilo art déco.

Norberto Nicola, artista que colocou o têxtil em Bienais, é criador da Trienal de Tapeçaria e responsável por organizar a 1ª Mostra Brasileira de Tapeçaria feita no MAB FAAP ao lado do sócio, Jacques Douchez, no Ateliê Douchez-Nicola de tapeçaria.

O artista tapeceiro, Jacques Douchez, expôs em 1974 na 1ª Mostra Brasileira de Tapeçaria, em São Paulo, na 3ª Bienal de Medellín, na 7ª Bienal de Tapeçaria de Lausanne e na 1ª Trienal de Tapeçaria de São Paulo. Suas obras exploravam a tridimensionalidade e o equilíbrio das cores e texturas.

O terceiro núcleo - Os 25 anos da WTA - traz obras inéditas de um coletivo de 26 artistas contemporâneos, que se utilizam da fibra como forma de expressão.


Além dos três artistas homenageados, também participam da exposição: Adriana Gragnani, Alexandre Heberte, Andréa DallÓlio, Claudia Azeredo, Claudia Dias, Elke Hulse, Eva Soban, Giuliana Sommantico, Jacqueline Chiabay, Joedy Marins, Juan Ojea, Luciane Sell, Magy Imoberdorf, Maria Villares, Marina Godoy, Marta Meyer, Miko Hashimoto, Miriam Pappalardo, Patricia Tavares Sores, Renata Meirelles, Renato Dib, Rosane Morais, Samantha Ortiz, Teresa Albano, Veronica Filipak e Zoravia Bettiol.

Jaqueline Chiabay é a autora da obra “ESPÍRITO Sustentável SANTO processo”, o famoso vestido usado pela personagem Juma Marruá, no remake da novela Pantanal. Usando tiras de couro na técnica de croché, o vestido estará exposto em um manequim revestido de tecido de onça, ainda com as manchas de uso.
 

O universo das obras têxteis é amplo e diverso. Se historicamente as técnicas de tapeçaria, bordado e costura são associadas ao fazer artesanal feminino e ao espaço doméstico, a arte têxtil contemporânea tem atribuído outros sentidos a estes processos e materiais.

A produção têxtil atual deve muito às experimentações pioneiras realizadas no ateliê de tecelagem da Bauhaus. A liberdade criativa que caracterizou o ateliê resulta em tapeçarias que exploram novas técnicas, padrões abstratos, cores e pigmentos. Expandindo as experiências pioneiras do modernismo, obras têxteis contemporâneas propõem diálogos com outras linguagens e suportes.

Exposição "De Fio a Fio - A Herança Textil Brasileira de 22 a 22”

Período de visitação: de 21 de outubro a 04 de dezembro de 2022
Horário: Segundas, quartas, quintas e sextas das 10h às 18h – última entrada às 17h30.
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h – última entrada às 17h30.
Fechado todas as terças-feiras, mesmo quando feriado.

Endereço: R. Alagoas, 903 – Higienópolis - SP 
Informações: (11) 3662-7198
Entrada Gratuita
@mabfaap
 
 
Sobre os curadores
Denise Mattar
Foi curadora do Museu da Casa Brasileira de São Paulo de 1985 a 1987, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, de 1987 a 1989, e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de 1990 a 1997. Como curadora independente, realizou mostras retrospectivas de artistas como Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Prêmio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Portinari, Alfredo Volpi, Guignard, entre outras. Em 2019 recebeu novamente o Prêmio APCA pela retrospectiva de Yutaka Toyota apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Brasileira da FAAP e Museu Nacional de Brasília. Em 2020 realizou a exposição Iberê Camargo – O Fio de Ariadne, na Fundação Iberê, que itinerou para o Instituto Tomie Ohtake em 2021. Ainda em 2021, apresentou as mostras: Um Celeiro de Artistas, no Museu de Arte Brasileira da FAAP, Sacilotto - A Vibração da Cor, na Galeria Almeida e Dale, e 50 Duetos, na Fundação Edson Queiroz, em Fortaleza.

Eva Soban
Participou da Primeira Mostra de Tapeçaria no MAB FAAP, das três Bienais de Arte Têxtil no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Foi premiada na primeira e participado da organização e do júri da 3ª junto com Norberto Nicola e Juan Ojea. Foi diretora do Centro Brasileiro da Tapeçaria Contemporânea. É representante da World Textile Art no Brasil e participou das últimas Bienais de Arte Têxtil Contemporânea promovidas pelo WTA, no México, em Montevidéu e Madrid, como artista convidada. Tem participado de exposições em galerias e Museus no Brasil e no exterior.

Juan Ojea
Artista plástico argentino, designer e curador, trabalha com têxteis desde 1974. Desenvolve atividade de ensino na área têxtil. Expôs seu trabalho nos principais museus brasileiros. Organizou, juntamente com Eva Soban e Norberto Nicola, a 3ª Trienal de Tapeçaria no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Participou do júri de seleção e premiação da 3ª Trienal de Tapeçaria no MAM. Foi diretor do Centro Brasileiro da Tapeçaria Contemporânea, e é representante da WTA no Brasil.

Sobre a WTA
Foi fundada em 1997 pela artista Pilar Tobon, com o apoio do Museu Latino-Americano de Arte de Miami e cerca de 30 artistas de diferentes partes do mundo. Foi inicialmente chamado de Women in Textile Art e depois atravessou a barreira de gênero para ser chamado de World Textile Art. A organização apoia artistas têxteis de todo o mundo e seu principal objetivo é o desenvolvimento e exposição desta arte, através de suas bienais e eventos especiais. Apoia, também, diferentes exposições, simpósios, seminários, aulas e feiras deste mesmo gênero artístico. Parte do grande sucesso da Organização está diretamente relacionado ao apoio das maiores figuras desta arte em todo o mundo, não só pela participação em eventos, mas também pelo apoio educacional e de relações públicas, abrindo as portas de diferentes museus e em diferentes cidades ao WTA.

Sobre o MAB FAAP
Desde que abriu suas portas pela primeira vez em 10 de agosto de 1961, com a mostra “Barroco no Brasil”, o Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) se comprometeu a incentivar e divulgar a arte brasileira. Além de seu acervo próprio que conta com mais de 3 mil obras de arte a partir do final do século 19, no decorrer dos últimos anos, abrigou exposições marcantes para a história da cultura do País, como a exposição “Toyota – O Ritmo do Espaço” premiada pela APCA em 2018. Em 2015, foi criada a Coleção MAB-Moda que reúne vestimentas, bonecas e acessórios de estilistas contemporâneos brasileiros, fortalecendo o vínculo entre o museu e a moda, que desde 1989 esteve presente por meio de desfiles e exposições vinculadas ao tema. Cabe destacar que além da pesquisa e organização de exposições de temas pertinentes às artes visuais brasileiras, o MAB incorporou a apresentação de mostras de arte internacional com temáticas de interesse geral que trazem experiências significativas ao público e ampliam a compreensão do fazer artístico e cultural.
 

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