25/08/2022 às 15h23min - Atualizada em 26/08/2022 às 00h00min

Jogo de Xadrez: benefícios vão além do entretenimento

Jogo de tabuleiro contribui para o desenvolvimento da memória, da concentração, do planejamento e na capacidade de tomar decisões

SALA DA NOTÍCIA Kasane Comunicação Corporativa
Quem assistiu O Gambito da Rainha provavelmente ficou curioso para saber mais sobre o esporte principal da série: o xadrez. O jogo que existe há mais de mil anos é praticado sobre um tabuleiro quadrado, dividido em 64 casas, brancas e pretas. De um lado ficam as 16 peças brancas e de outro um mesmo número de peças pretas. Cada jogador tem direito a um lance por vez e o objetivo da partida é dar o xeque-mate no adversário.

O professor de xadrez do Colégio Integrado, Henrique Silva Cardoso, explica que muito além do entretenimento, o esporte proporciona aos jogadores a habilidade de pensar em estratégias e treinar o raciocínio lógico. “Quem joga xadrez exercita a resiliência e o pensamento antes de fazer. Assim como no jogo, na vida é preciso achar saídas para situações adversas. Tem uma frase muito interessante no filme O dono do Jogo que diz que o rei simboliza a vida e ele precisa estar sempre de pé, e assim é a vida”, explica.

Henrique é professor de xadrez há 20 anos e ajudou a implantar o jogo em mais de 30 escolas de Goiânia. “Os três benefícios principais do xadrez são a resiliência, a tomada de decisão e a memória. O raciocínio lógico e matemático acontece também porque o jogador precisa fazer o cálculo das variantes. O jogo oferece infinitas possibilidades, e a cada treino e partida, os jogadores vão aumentando essas possibilidades. Para os jovens, a prática do esporte é muito interessante, porque auxilia em situações sob pressão, nas quais eles precisam tomar decisões. Além de ser uma ótima opção neste período de férias, já que consegue tirar o foco das crianças e adolescentes que costumam ficar mais tempo nas telas, neste período”.

Breno Lobo Azevedo Blanco tem 15 anos e já coleciona vários prêmios nos campeonatos de xadrez que participou. Ele explica que atualmente estuda para passar no vestibular de medicina, mas que o xadrez está sempre inserido na sua rotina. “A minha rotina de estudos consiste em estudar a matéria da escola, fazer as tarefas e depois estudar um pouco de xadrez. Tenho aula de xadrez duas vezes na semana e, fora isso, eu estudo xadrez, leio alguns materiais, vejo lives e jogo. Atualmente, eu penso em cursar medicina e posteriormente, com esforço, conseguir me tornar profissional em xadrez”.

Ele explica que começou a se interessar pelo xadrez quando tinha 4 anos, por influência do pai. “O xadrez entrou na minha vida quando eu tinha 4 anos jogando com o meu pai, a gente jogava por brincadeira, com 10 anos eu comecei a ter aula  de xadrez na educação física para diversão e com 13 anos eu comecei a ter aula de xadrez mais focada para melhorar e participar de campeonatos. No ano seguinte, veio a pandemia, e aí eu jogava online e com 14 anos eu comecei a pensar em jogar em campeonatos de xadrez a sério e comecei a fazer aula com o professor Henrique Cardoso”, explica.

Entre os prêmios que ele coleciona, os que mais marcaram a sua vida foram no Campeonato Goiano Sub-17, no qual ele venceu nas categorias de Xadrez Pensado (com mais de uma hora de relógio para cada) e Xadrez Blitz (entre 3 e 5 minutos). “Eu acredito que além das competições, o xadrez é importante porque auxilia no aprendizado e na vida, pois você começa a desenvolver um raciocínio lógico melhor e tem uma visão e uma resolução de problemas mais ampla e melhorada”.

Paulo Vitor Feitosa Pereira, tem 14 anos e também é um dos atletas do xadrez, do Colégio Integrado. Ele conta que o primeiro contato dele com xadrez foi aos 8 anos, quando a irmã começou a jogar e apresentou o esporte para ele. Porém, ele só começou a dedicar aos estudos há 4 meses, na escola. “Pra mim, o xadrez é um lazer, é algo que eu tenho o prazer de praticar. Costumo separar três horas de estudo para as matérias modulares que são português, matemática, ciências, entre outras, e duas horas de estudo de xadrez, além de jogar em qualquer tempo livre que aparecer”.

Na coleção, Paulo possui 6 medalhas e 4 troféus. “Eu acredito que o xadrez é essencial para as pessoas treinarem a memória, a criatividade e o raciocínio, além de aprenderem a conviver melhor com o próximo”, finaliza.

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