O 1° Festival da Diversidade de São Vicente - CALUNGA B*TCH terminou neste domingo (24 de abril), após seis dias de programação online e no Espaço Multicultural de São Vicente, na Praça 22 de Janeiro (Biquinha). O evento foi contemplado pelo Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo e produzido pela Widia Cultural.
O encerramento marcou o anúncio dos vencedores da Mostra Fotográfica “A Inclusão na Diversidade”, que premiou os trabalhos de Carolina Dudnik (Santos-SP), Eduardo Boschetti (Praia Grande-SP) e Marília Zarattini (Santos-SP) do 1º ao 3º lugar, respectivamente.
Já o Concurso de Drag Queen teve como performance vencedora “Magenta”, de Christian Marcelo (Guarujá-SP), seguido por “Satanaja Vermillion”, de Gustavo Andrade (São Vicente-SP); e “Pathy Miau”, de Patrycia Nunes (São Vicente-SP).
As duas votações ocorreram online, com a participação do público, pelo site e redes sociais do Festival, totalizando cerca de 15 mil acessos. Presencialmente, mais de mil pessoas visitaram o Espaço Multicultural vicentino durante o evento.
O 1° Festival da Diversidade de São Vicente - CALUNGA B*TCH reuniu artistas e produções LGBTQIA+ da Baixada Santista e da capital paulista, em mostras de cinema e teatro, shows, exposição fotográfica, performances, bate-papos e workshops.
“Acredito que esta edição inaugural cumpriu seu propósito de fortalecer o movimento LGBTQIAP+ da Baixada Santista e o intercâmbio com artistas da Capital”, comenta Platão Capurro Filho, organizador do evento. Ele adianta que o festival passa a ter periodicidade anual a partir de agora, o que deve contribuir com o impulsionamento do turismo e da economia criativa de São Vicente já a partir de 2023.
CALUNGA B*TCH
+ Sobre São Vicente e o Movimento LGBTQIAP+
Entre as nove cidades da Baixada Santista, São Vicente (SP) é a que mais acolhe pessoas LGBTQIAP+. O município foi um dos principais redutos festivos do Brasil nas décadas de 70 e 80: as festas no Ilha Porchat Clube e nas boates “GLS”, entre outros eventos, contribuíram para o aumento do fluxo de pessoas LGBTQIAP+ na cidade.
“Calunga” é o apelido popular dos vicentinos, desde a chegada dos primeiros africanos, trazidos por traficantes de escravos. “B*tch” (bitch), apesar da palavra em inglês, é uma gíria muito utilizada no meio LGBTQIA+ brasileiro e que não possui conotação pejorativa entre a comunidade.