A atual diretora da Abong (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais), e presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), na tarde de domingo (1/05), foi impedida no aeroporto da Cidade do México, de entrar no País, por sua identidade de gênero não corresponder ao nome registrado em seus documentos. A executiva estava viajando a trabalho para participar do Fórum Social Mundial e, mesmo apresentando visto liberado, o voucher de reserva da coletiva da delegação, na qual faz parte, a ativista ficou detida por dez horas, incomunicável e deportada. Na ocasião, Keila iria palestrar sobre a violência contra pessoas trans e travestis no Brasil.
Em nota, a ABGLT, Abong e ANTRA exigem reparação pela transfobia sofrida por Keila Simpson e solicitam respostas e ações do Itamaraty e do México sobre a violação dos direitos humanos, além de mobilizar esforços para ações de reparação pelo ocorrido.
Ainda de acordo com a nota, informações de ativistas mexicanas diz que a normativa do Instituto Nacional de Migração do país não está harmonizada com os mais altos princípios e parâmetros internacionais de direitos humanos. O protocolo de recepção de pessoas migrantes ou turistas por vias aéreas, marítimas ou terrestres não conta com um regulamento para o pessoal de fronteira que indique prioridade ou tratamento adequado quanto ao reconhecimento da identidade de gênero.