04/05/2022 às 14h22min - Atualizada em 04/05/2022 às 18h10min

Ativista sofre transfobia no aeroporto da Cidade do México

Keila Simpson foi impedida de desembarcar por sua expressão de gênero não corresponder ao nome em seus documentos

SALA DA NOTÍCIA Daiane do Amaral Costa
https://abong.org.br/2022/05/02/onde-estamos-nao-querem-que-estejamos/

A atual diretora da Abong (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais),  e presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), na tarde de domingo (1/05), foi impedida no aeroporto da Cidade do México, de entrar no País, por sua identidade de gênero não corresponder ao nome registrado em seus documentos. A executiva estava viajando a trabalho para participar do Fórum Social Mundial e, mesmo apresentando visto liberado, o voucher de reserva da coletiva da delegação, na qual faz parte, a ativista ficou detida por dez horas, incomunicável e deportada. Na ocasião, Keila iria palestrar sobre a violência contra pessoas trans e travestis no Brasil.

 

Em nota, a ABGLT, Abong e ANTRA exigem reparação pela transfobia sofrida por Keila Simpson e solicitam respostas e ações do Itamaraty e do México sobre a violação dos direitos humanos, além de mobilizar esforços para ações de reparação pelo ocorrido.

 

Ainda de acordo com a nota, informações de ativistas mexicanas diz que a normativa do Instituto Nacional de Migração do país não está harmonizada com os mais altos princípios e parâmetros internacionais de direitos humanos. O protocolo de recepção de pessoas migrantes ou turistas por vias aéreas, marítimas ou terrestres não conta com um regulamento para o pessoal de fronteira que indique prioridade ou tratamento adequado quanto ao reconhecimento da identidade de gênero.


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