Thiago de Moraes aponta o descaso do poder público na prevenção de tragédias que são constantes no Brasil. Até quando os desastres caíram como lama no povo brasileiro.
ETERNAMENTE NA LAMA DE BRUMADINHO À PETRÓPOLIS
25 de janeiro de 2019. Inúmeras vidas perdidas. Casas destruídas. Um desastre ambiental. Uma tragédia nacional. 2 anos depois, a tragédia se repete.
Em 2019, houve o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração pertencente à mineradora Vale, que provocou uma tragédia em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte. Esse rompimento acarretou uma onda de lama intensa que destruiu inúmeras casas, fez vítimas fatais (259)e deixou consequências irreparáveis. A barragem encontrava-se inativa desde o ano de 2015.
É inadmissível que, com os constantes e céleres avanços tecnológicos e com a criação de novos recursos, um caso tão sério tenha ocorrido. Ele poderia ter sido evitado com a instituição de uma política de gestão e monitoramento de barragens adequada e efetiva, associado com estudos, pesquisas e monitoramentos. Ainda, era possível a instalação de acelerômetros, radares e satélites que realizassem a tarefa de fiscalizar e atestar possíveis riscos.
Entretanto, nada obstante as inúmeras consequências acarretadas por esse episódio, em fevereiro de 2022, pouco mais de 2 anos da tragédia outrora citada, ocorreu novo desastre ambiental, que provou as mesmas consequências sérias e irreparáveis da anterior: mortes, destruição de casas, danos ambientais.
Em Petrópolis, as chuvas intensas sobre a região acarretaram o desabamento de parte da cidade. Essa nova e EVITÁVEL tragédia ocorre em razão da falta de solução de problemas que já existiam, inclusive na região. A precariedade da atuação do Estado e a insuficiência das políticas públicas e recursos públicos foram os fatores responsáveis pela ocorrência.
Repete-se: tragédia evitável. Acarretada pela inação do Poder Público. Inação decorrente da falta de interesse e prioridade.
Por Thiago de Moraes MTB 0091632/SP