Dona de uma carreira de mais de 70 anos e conhecida como 'grande dama do cinema brasileiro', Fernanda Montenegro conquistou mais um título: a de mulher mais admirada do país, pelo terceiro ano consecutivo, de acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Qualibest, divulgada na última segunda-feira (7), às vésperas do Dia Internacional da Mulher.
O estudo coletou a opinião de 1.115 pessoas de todo o Brasil entre os dias 18 e 27 de fevereiro deste ano.
Na sequência de Fernanda, apareceram como mulheres mais admiradas do Brasil a cantora Anitta, a atriz Taís Araújo, a apresentadora Ana Maria Braga, a ex-presidente Dilma Rousseff e a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Fernanda Montenegro chega aos 92 anos, como uma das celebridades brasileiras mais aclamadas e renomadas internacionalmente. Ela já foi indicada ao Oscar em 1999 pelo filme 'Central do Brasil' e já ganhou um Emmy Internacional de Melhor Atriz pela série 'Doce de Mãe', da TV Globo.
Além disso, em novembro de 2021, a atriz foi eleita para integrar a Academia Brasileira de Letras, com 32 votos dos 34 possíveis, sendo dois deles em branco. Desta forma, ela ocupará a cadeira 17, que pertencia ao diplomata Affonso Arinos de Mello Franco. A posse deve acontecer ainda em março de 2022, quando a ABL volta do recesso de fim de ano.
Em recente entrevista ao 'Fantástico', Fernanda Montenegro não poupou críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, ela comparou o político com o período da Ditadura Militar, de 1964 a 1985.
"É pior [do que a ditadura], porque veio pelo voto. Então, há uma organização política por trás, tradicional, que opta por essa calamidade e por essa tragédia. Em todo governo de força, a primeira coisa é estrangular a cultura das artes, porque é um onde o país existe com a assinatura e com a opção de um futuro", declarou a atriz.
Para ela, não há possibilidade de Bolsonaro conseguir se reeleger na eleições de 2022. "Esse homem não está no poder da noite para o dia", enfatizou.