01/03/2022 às 11h29min - Atualizada em 02/03/2022 às 11h40min
Live nesta quinta (3) de março vai discutir os problemas das enchentes no Brasil e como evitá-las
Encontro vai reunir diversos especialistas
SALA DA NOTÍCIA IGHB
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Fernando Alcoforado A cidade de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, sofre há dias com as fortes chuvas que devastaram a cidade. Recentemente, a Bahia, São Paulo e Minas Gerais também contabilizaram enormes prejuízos com temporais e enchentes, deixando milhares de pessoas mortas, desabrigadas e desalojadas, além da destruição de edificações e infraestruturas. Mas, afinal, quais são as causas dessas enchentes? O que o Brasil tem feito e o que é preciso fazer para evitá-las?
Nas próximas quintas-feiras (3 e 10) de março/2022, às 18 horas, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, com os apoios do Conselho de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA) e Instituto Politécnico da Bahia (IPB) promove o seminário “A Engenharia como solução para evitar alagamentos, enchentes e inundações nas cidades e suas consequências”. Os encontros serão virtuais, com transmissão direta pelo canal
www.youtube.com/ighbba e terão as participações dos engenheiros e professores Fernando Alcoforado (coordenação), Luis Edmundo Campos, Michel Darzé (palestrantes) e Sergio Faria (mediação).
As enchentes são consideradas, entre as catástrofes naturais, as que mais danos causam ao patrimônio e à saúde da população em decorrência do efeito direto das inundações, das doenças infecciosas secundárias e aos transtornos nos sistemas de água e saneamento. No seminário, os especialistas irão apresentar o que e como fazer para lidar com inundações no Brasil; como se comportam as enchentes nas áreas urbana e rural; a interferência humana sobre a natureza; como impedir ou reduzir os efeitos das enchentes.
“Outras ações também são importantes para minimizar os efeitos das enchentes, entre elas a regulamentação e fiscalização por meio do poder público do uso do solo, limitando a ocupação de áreas inundáveis a usos que não impeçam o armazenamento natural da água pelo solo e que sofram pequenos danos em caso de inundação. Esse zoneamento pode ser utilizado para promover usos produtivos e menos sujeitos a danos, permitindo a manutenção de áreas de uso social, como áreas livres no centro das cidades, reflorestamento, e certos tipos de uso recreacional”, explica o coordenador do seminário, engenheiro e professor Fernando Alcoforado. Além de falar desse processo no Brasil, os engenheiros também irão apontar como outros países trabalham na prevenção de enchentes.
Os especialistas concordam que os governos federal, estadual e municipal devem preparar planos de contingência para evacuarem as populações que possam ser atingidas em consequência das enchentes. “Prevenção é a palavra-chave quando o assunto é enchente. A prefeitura municipal tem um papel fundamental no sentido de evitar inundações. Para tanto, deve elaborar um plano diretor de desenvolvimento municipal, identificando áreas de risco e estabelecendo regras de assentamento da população. Pela Constituição Federal, esse plano é obrigatório para municípios com mais de 20 mil habitantes”, acrescenta Alcoforado.
O IGHB é uma das instituições apoiadas pelo programa Ações Continuadas a Instituições Culturais, iniciativa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) através do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA).