22/09/2024 às 12h35min - Atualizada em 24/09/2024 às 00h01min

Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) de agosto aponta nova queda nos custos do confinamento

Renovação dos estoques e a gestão estratégica dos insumos colocam os confinadores na trilha de maior rentabilidade, com custos em queda e lucros à vista

JANAíNA K.
Assessoria de imprensa Ponta
Ponta, divulgação
São Paulo, setembro de 2024 – Em agosto, o Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) para o Centro-Oeste foi de R$ 13,70, enquanto no Sudeste foi de R$ 11,09. Comparando com o mês de julho, o ICAP no Centro-Oeste apresentou redução de 3,11%, enquanto no Sudeste a queda foi de apenas 0,54%. Esses números reforçam o cenário de queda no custo de confinamento nas duas regiões, que vem sendo observada desde março, o mês de maior custo de produção em 2024. Entre março e agosto, o ICAP acumulou uma queda de 9,81% no Centro-Oeste e de 15,21% no Sudeste. Essa redução se deve, em grande parte, à renovação dos estoques e à aquisição de insumos durante as janelas de colheita das safras, o que já está impactando positivamente os custos de produção. O índice é da Ponta, empresa de tecnologia focada na gestão da informação e da precisão na pecuária, responsável pelo gerenciamento de informações de mais de 7 milhões de cabeças por ano em todos os sistemas produtivos.
 

Visão trimestral dos insumos por região

Centro-Oeste

A queda no ICAP em agosto foi impulsionada, principalmente, pela redução nos preços dos insumos energéticos (-9,77%) e proteicos (-3,90%) em relação ao trimestre anterior (maio a julho). Entre os insumos mais utilizados nas dietas de terminação, o milho grão seco, a casca de soja e a torta de algodão foram os que registraram as maiores quedas, com reduções de 7,39%, 5,00% e 5,01%, respectivamente, em relação à média do trimestre anterior. O custo da tonelada de matéria seca da dieta de terminação, que é a mais cara dentro do ciclo produtivo, foi de R$ 1.028,01, representando uma redução de 4,06% em comparação com o trimestre anterior.
 

Sudeste

Embora modesta, a redução no ICAP de agosto no Sudeste foi novamente impulsionada pela queda nos preços dos insumos energéticos e volumosos utilizados nas dietas de terminação, com reduções de 3,66% e 6,58%, respectivamente, em relação aos três meses anteriores. A torta de algodão e o sorgo grão foram os ingredientes que mais contribuíram para essa redução, com quedas de 14,05% e 7,87%, respectivamente, em comparação aos últimos três meses (maio a julho). Apesar dessas variações, o custo da tonelada de matéria seca da dieta de terminação manteve-se praticamente estável, com um leve aumento de 0,38%, resultando em R$ 1.032,25.


Porteira pra fora X porteira pra dentro

Ao comparar o índice atual com o do mesmo período do ano anterior (agosto/2024 em relação a agosto/2023), observa-se uma redução no custo de engorda em ambas as regiões. No Sudeste, o ICAP apresentou uma variação de -7,81%, enquanto no Centro-Oeste a redução foi de apenas -0,65%. Segundo dados divulgados recentemente pela CONAB, mesmo com a queda na safra de milho em 2024, o mercado foi capaz de manter um bom abastecimento, principalmente devido aos elevados estoques remanescentes da safra recorde do ano anterior. Isso ajudou a conter aumentos significativos nos preços do milho quando comparamos os anos de 2023 e 2024. Os pecuaristas também têm adotado alternativas ao milho para controlar o custo de produção.
 

Os confinadores devem permanecer atentos aos indicadores de gestão da produção, pois a lucratividade pode ser garantida da porteira para dentro. Utilizando o ICAP do último mês, é possível estimar o custo da arroba produzida e prever a lucratividade do pecuarista. A estimativa desse custo toma como base os valores médios observados nos clientes da Ponta Agro de cada região no ano de 2023: dias de cocho, total de arrobas produzidas e o percentual do custo de nutrição frente ao custo total. Os custos estimados são de R$ 201,05 e R$ 176,04 por arroba produzida para Centro-Oeste e Sudeste, respectivamente. Trata-se de um patamar de custos que permite um lucro superior a R$ 400,00 por cabeça* na região Sudeste e superior a R$ 50,00 por cabeça para a região Centro-Oeste, considerando apenas o preço de venda balcão.
 

Para maximizar as margens, além de ser eficiente na produção, o pecuarista deve buscar agregar valor ao seu produto por meio de bonificações junto aos frigoríficos. Atualmente, o diferencial de preço do Boi China para a cotação balcão varia entre R$ 7,00 e R$ 11,00, dependendo da região produtora.
 

*Estimativa de lucratividade realizada com cotação de arroba balcão, sem a adição de bonificações por rastreabilidade, padrão de qualidade e protocolos de mercado.


Sobre o ICAP

O Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP), da Ponta Agro, é produzido mensalmente e reflete as variações dos preços dos insumos e commodities relacionadas à alimentação animal e seu impacto no custo da diária alimentar dos confinamentos bovinos brasileiros (R$/cabeça/dia). Gerado a partir de uma base de dados que corresponde a mais de 1,7 milhão de diárias de animais confinados no período, o ICAP tem como objetivo ser uma ferramenta para produtores e consultores analisarem seus custos de dieta e orientar o planejamento de compra de insumos para nutrição dos animais, auxiliando nas estratégias de gestão de estoque frente às tendências de preço praticados em cada região.
 

Sobre a Ponta Agro

Empresa de tecnologia focada na gestão da informação e da precisão na pecuária, presente em nove países, com soluções líderes em pesquisas científicas, tecnologia de gestão de confinamento, rastreabilidade e seleção genética para eficiência alimentar. É responsável pelo gerenciamento de informações de mais de 7 milhões de cabeças por ano. Atualmente, a companhia movimenta R$ 25,8 bilhões de ativos gerenciados por ano, levando em consideração a cadeia produtiva. Compõe esse indicador o valor dos animais e dos insumos de nutrição, sanidade e reprodução. Saiba mais aqui.


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Janaína Kalsing
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