O ator e dublador Jorge Lucas chegou com tudo à sexta temporada da série "Reis – A Conquista”, que conta com a direção de Leonardo Miranda.
"Esse personagem é uma víbora e foi o que fez com que me apaixonasse por ele", revela o artista.
Jorge também faz questão de destacar a parceria com a atriz e ex miss Brasil Jakeline Oliveira. "Foi empatia logo na primeira cena. Acho que o público terá cenas muito bonitas de pai e filha".
O figurino, criado por Adriano Pitangui, contou com uma licença poética como ele mesmo disse: "usamos materiais de alfaiataria como: veludo, shantung e tecidos nobres. Paleta de cores baseados em tons pastéis para destacar os cintos de amarrações com nós em marrons e dourados envelhecidos".
Mil e Uma Vozes
Não se assuste se você não ligar imediatamente a voz de Jorge Lucas ao delegado Salvador. Dublador há 30 anos, o ator já interpretou nomes famosos de Hollywood, como Vin Diesel, Ben Affleck, Johnny Depp, Rupaul, Jamie Foxx, Don Cheadle, Charlie Sheen, Matt Damon, Ben Stiller, Mark Rufallo, entre várias outras personalidades de filmes de grande bilheteria. É dele, por exemplo, a dublagem do Duende Verde, interpretado por William Dafoe mais recentemente nos cinemas. Em 2020, ele participou da versão brasileira do filme “Soul”, produção da Pixar, dublando o protagonista Joe Gardener, com a voz original feita por Jamie Foxx, que ganhou o Oscar de melhor filme de animação em 2021.
“Só sou dublador, porque sou ator. Antes de tudo sou ator”, diz.
Filho de pais advogados, Jorge, nasceu no Rio de Janeiro e estudou no Centro de Letras & Artes da UNIRIO. Começou a atuar no teatro e com seu bom desempenho nas atuações em peças teatrais chamou atenção de produtores de elenco que o convidaram para atuar em filmes, novelas e campanhas publicitárias. O trabalho de dublagem veio logo cedo, quando percebeu ser dono de uma voz marcante.
“Era uma chance de entrar de entrar e permanecer no trabalho. O mercado para ator negro começa a melhorar só agora. A três décadas atrás, só se fazia bandido, assaltante, traficante e, às vezes, policial. Entrava em cena, falava ‘oi’ e a câmera nem pegava”, recorda. Entre os palcos, a dublagem e o set de filmagem, Jorge não pretende fazer escolhas: ele quer seguir mostrando a sua arte onde o público estiver, como vem fazendo nesses 30 anos de carreira.
“Não me imaginaria, por exemplo, tendo que trabalhar de terno e gravata em um escritório. Só o faria por um personagem, é claro! Arte é minha alma. Tem muita coisa aqui dentro. Muita coisa para falar e para expressar”, filosofa.