09/03/2023 às 10h19min - Atualizada em 10/03/2023 às 00h00min

RD Station supera meta do compromisso 30/23 e avança em frentes com foco em equidade de gênero

Empresa assumiu um compromisso público em março de 2022 de chegar a 30% de mulheres em engenharia, mas foi além ao atingir a meta e capacitar mais lideranças de tecnologia

SALA DA NOTÍCIA Mônica Miliatti
https://www.rdstation.com/
Foto Divulgação RD Station

Em março de 2022, a RD Station, empresa líder de softwares (SaaS) para pequenas e médias empresas, anunciou um compromisso público 30/23  para aumentar para 30% a participação feminina no seu time interno de engenharia.  Tema recorrente em empresas de diversos setores, incluindo o de tecnologia, as discussões sobre a participação de profissionais e lideranças femininas ganham ainda mais destaque durante o mês de março - o mês das mulheres. 

Um ano depois, a empresa, que partiu de 4% de mulheres nesta área em 2018 e estava em 21% no ano passado, inicia o mês com mais de 30% de mulheres em Engenharia e 34.6% de mulheres na liderança de tecnologia, participação que estava em 19% em 2022. Os números foram alcançados com planejamento e esforço contínuo, como programas de formação para desenvolvedoras em início de carreira, vagas afirmativas e envolvimento direto da alta liderança. 

“Quando levamos a público um compromisso que já tínhamos internamente, vimos o quanto precisávamos ser ainda mais intencionais para termos um time mais diverso. Desde 2016 começamos a ter um olhar ainda mais atento para o tema com a criação do grupo das Tech Ladies, e com isso aumentamos em mais de 7x a participação de mulheres nesta área. E, embora sejam crescimento expressivos, sabemos que ainda precisamos avançar e percorrer um longo caminho para que de fato exista uma equidade. É um trabalho contínuo.”, afirma Bruno Ghisi, CTO e co-founder da RD Station. 

Uma das ações desenvolvidas para garantir o cumprimento do Compromisso 30/23, foi garantir que no mínimo 50% das vagas destinadas às áreas de tecnologia fossem preenchidas por mulheres. E esse movimento vem muito ao encontro do que acompanhamos internamente com relação a dados de mercado. No Brasil, dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que a participação das mulheres no mercado de tecnologia cresceu 60% nos últimos cinco anos. Já em âmbito global, a pesquisa CIO Survey 2020, promovida pela KPMG em parceria com a Harvey Nash, mostra que apenas 11% das lideranças globais de tecnologia são mulheres, por isso esse tipo de ação intencional é tão relevante.

Representatividade construída ao longo dos anos

O esforço para que o espaço em tecnologia seja cada vez mais diverso é um processo contínuo e que requer planejamento. Faz parte da cultura da RD Station ter um olhar atento para a diversidade como um todo, com atuações como a do grupo SER (grupo interno focado em discussões e ações práticas voltadas para gênero) e a criação do grupo Tech Ladies, por exemplo. A companhia também possui diversas iniciativas educativas com lideranças, espaços para trocas de experiências e conhecimentos contabilizados como office hours, bem como a contratação de mais talentos femininos.

Essas iniciativas e programas fazem parte do plano de carreiras. Gabriela Baptista, líder de Diversidade e Inclusão da RD, explica que o envolvimento de diferentes áreas da companhia, líderes e analistas, possibilita a criação de uma ambiente seguro para todas as mulheres. “Em nosso dia a dia, garantimos que conversas sobre carreira de mulheres do time de engenharia e produto estão acontecendo de forma estruturada para que se desenvolvam e tenham evoluções nas áreas, passando a ocupar camadas elevadas de gestão e tomadas de decisão na RD”, diz Gabriela.

Um grande marco para a empresa em 2022 foi o programa Hello, World! com a contratação de 9 mulheres em início de carreira na tecnologia, como forma de superar a dificuldade de encontrar profissionais da área. “No Brasil somente 5% das mulheres têm conhecimento com ruby on rails e apenas 7% em back end. Então, entendemos que também podemos contribuir ativamente para a formação de mais mulheres”, explica Gabriela. 

As mulheres passaram por aulas de linguagem de programação, frameworks, mentorias técnicas e workshops para desenvolvimento pessoal e carreira ao longo de seis meses, e apresentaram um projeto final. Atualmente, estão todas inseridas em projetos do time de engenharia. 

Em uma área ainda predominantemente masculina, alguns homens também decidiram se mobilizar, e criaram um grupo para debater temas voltados à masculinidade tóxica e o impacto disso para as mulheres, de modo a se educarem para promover um ambiente mais saudável para todos. 

“Estamos sempre em busca de oferecer as melhores oportunidades e ampliar a nossa diversidade. Não é tarefa simples, mas também não é algo que fazemos apenas uma vez ao ano, é um trabalho constante de observação interna e externa para entender quais os melhores passos. Nosso desafio imediato é continuarmos acima dos 30% até o final de 2023, mas ainda queremos ir muito além”, finaliza a líder de diversidade. 


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