A iniciativa é realizada no âmbito do projeto “Juventude Cigana: da invisibilidade à comunicação popular em saúde", e foi viabilizada a partir de uma chamada pública para a sociedade civil realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e financiamento do governo do Canadá.
O objetivo do curso é formar jovens ciganos e ciganas na produção de conteúdos digitais na área de saúde, com ênfase no combate a desinformação que circula nas redes. Parte da população cigana no Brasil ainda mantém a tradição nômade, transitando entre diferentes acampamentos de tempos em tempos, ou vivendo em agrupamentos familiares de vários indivíduos, o que expõe a comunidade, muitas vezes, à falta de assistência adequada em saúde.
O curso também vai capacitar os jovens ciganos no combate ao anticiganismo, o discurso de ódio e o racismo contra essa população no Brasil. Ao todo, serão realizadas oito sessões online, entre 28 de fevereiro e 23 de março, com especialistas e profissionais de diferentes áreas.
Entre os critérios para a seleção dos participantes, além de ser exclusivo para pessoas ciganas, estão a prioridade para faixa etária entre 15 a 35 anos, paridade de gênero e diversidade sexual. Também é exigida disponibilidade para participação nos horários do curso - 19h às 20h30 - horário de MT e 20h às 21h30 - horário de Brasília.
A seleção buscará uma maior distribuição territorial com participantes das cinco regiões brasileiras. Em caso de alto volume de inscrições, será elaborada uma lista de espera, podendo haver abertura de mais vagas.
Haverá bolsas para participantes e emissão de certificado pela UFMT para quem alcançar ao menos 70% de presença e participar das atividades propostas.