31/10/2022 às 12h25min - Atualizada em 02/11/2022 às 00h07min

No Dia do Veganismo, ONG internacional alerta para os malefícios do consumo de carne para a saúde, o meio ambiente e a humanidade

Pesquisas comprovam diminuição do impacto ambiental e melhora na saúde sistêmica das pessoas que não consomem produtos de origem animal

SALA DA NOTÍCIA Valle da Mídia
Em 1 de Novembro celebra-se mundialmente o Dia do Veganismo, data criada na Inglaterra, em 1994, em comemoração, aos, então, 50 anos da criação dos termos “veganismo” e “vegano”. Passados quase 90 anos do início deste movimento que tem por princípio básico o respeito e preservação de toda vida animal, pregando o fim do consumo de produtos com essa origem, esse estilo de vida conquistou milhões de adeptos no mundo e já conta com diversos estudos que comprovam os benefícios de uma vida sem o consumo de carne animal.

A GenV (Generation Vegan), organização internacional focada na disseminação de informações sobre os benefícios de uma alimentação e hábitos de consumo baseados em plantas, chama atenção, neste Dia Mundial do Veganismo, para dados científicos que ratificam todos os riscos da exploração pecuária para a saúde das pessoas, para o meio ambiente, para a humanidade e, é claro, para os animais. Com o objetivo de propagar esses dados, a ONG oferece programas gratuitos em seu site (GeracaoV.org) que trazem sete dias de informações para as pessoas de acordo com o tema de interesse selecionado.

O GenV mantém em seu site programas gratuitos, de 7 dias, para a pessoa interessada descobrir o veganismo através de alguns temas, são eles:
Pela minha saúde – Com a proposta de uma alimentação saudável
Pelo planeta – Ajudar o meio ambiente com escolhas alimentares
Pela humanidade – Como os alimentos escolhidos afetam pessoas no mundo
Pelos animais – Proteção, tanto de animais silvestres como os criados para consumo

Na questão da saúde, por exemplo, um estudo realizado pela Agência Internacional de Pesquisas sobre Câncer (IARC) e divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2015, avaliou as propriedades cancerígenas da carne vermelha e carne processada, observando a correlação do consumo destes produtos com a propensão de desenvolvimento principalmente de câncer colorretal, mas também câncer de pâncreas e próstata.

“Para um indivíduo, o risco de desenvolver câncer colorretal por causa do consumo de carne continua pequeno, mas esse risco aumenta com a quantidade de carne consumida. Tendo em vista o grande número de pessoas que consomem carne processada, o impacto global na incidência de câncer é de importância para a saúde pública”, diz Kurt Straif, chefe do Programa de Monografias da IARC.

Para esta conclusão, a IARC considerou mais de 800 estudos que investigaram associações de mais de dez tipos de câncer com o consumo de carne vermelha ou carne processada em muitos países e populações com dietas diversas nos últimos 20 anos.

Quanto ao meio ambiente, uma pesquisa da Universidade de Oxford, nos Estados Unidos, publicada na revista Science, em 2018, conclui que cortar carne e laticínios da alimentação pode reduzir em até 73% a emissão de carbono de cada indivíduo. As descobertas revelam que a produção de carne e laticínios é responsável por 60% das emissões de gases de efeito estufa da agropecuária, enquanto os próprios produtos fornecem apenas 18% das calorias e 37% dos níveis de proteína em todo o mundo.

Já os riscos para a humanidade se revelam, por exemplo, nos dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos que afirma que 75% das doenças infecciosas e emergentes têm origem animal. O grande volume de animais explorados pela indústria em condições precárias de higiene e bem-estar podem aumentar o risco do surgimento de pandemias causadas pelos vírus que surgem nos mercados de animais vivos e na aglomeração de fazendas industriais. Esses vírus sofrem mutações até encontrarem uma forma de atingir a espécie humana e se espalhar pelo mundo, como ocorreu com os vírus da gripe aviária ou suína.

A mudança de hábitos de consumo de carne e derivados para uma alimentação vegana é uma forma de aliviar essas e outras questões sociais e ambientais urgentes que enfrentamos. É com o propósito de divulgar as informações que podem fazer a diferença na hora de escolhermos os produtos que consumimos que a GenV oferece seus programas gratuitos sobre veganismo em cinco idiomas: inglês, espanhol, português, francês e italiano.

Naomi Hallum, CEO da GenV, lembra: “Para o bem dos animais, do nosso planeta e nosso futuro, o movimento vegano precisa crescer rapidamente, por isso queremos desempenhar nosso papel na criação de uma força global poderosa para a mudança. Se você acredita em um mundo compassivo em que os animais não são machucados, o planeta prospera, o acesso a alimentos nutritivos é garantido e nossas escolhas alimentares não custam os lares, meios de subsistência, bem-estar ou vidas de outras pessoas, você faz parte dessa geração ousada e transformadora. Você também pode ser parte da geração V, você também pode ser GenV”.

Além de divulgar informações sobre veganismo por meio de seus programas gratuitos, a GenV também produz vídeos sobre veganismo e ativismo vegano; promove ações de alimentação solidária, distribuindo refeições veganas gratuitamente em mais de 20 países; e realiza campanhas internacionais que divulgam o movimento vegano mundialmente, contando com o apoio de parceiros, cientistas, ativistas e celebridades de diversas áreas.

Para mais recursos:
Acesse o site GeracaoV.org para mais informações sobre o trabalho da GenV e se inscrever nos programas gratuitos oferecidos pela organização.
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