17/10/2022 às 23h09min - Atualizada em 18/10/2022 às 00h00min

Eduardo Braga, candidato ao governo do AM no 2º turno, é entrevistado pela Rede Amazônica

O candidato esteve no estúdio no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus, onde foi entrevistado pela jornalista Luana Borba.

AMAZONAS
https://g1.globo.com/am/amazonas/eleicoes/2022/noticia/2022/10/17/eduardo-braga-candidato-ao-governo-do-am-no-2o-turno-e-entrevistado-pela-rede-amazonica.ghtml
O candidato esteve no estúdio no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus, onde foi entrevistado pela jornalista Luana Borba. Eduardo Braga, candidato ao governo do AM no 2º turno, é entrevistado no JAM 2
O candidato ao governo do Amazonas, Eduardo Braga (MDB), foi entrevistado ao vivo no Jornal do Amazonas 2ª edição desta segunda-feira (17).
A participação do candidato faz parte de uma série de entrevistas que a Rede Amazônica realiza com os dois candidatos que disputam o segundo turno. Veja a ordem:
Dia 17/10: Eduardo Braga (MDB)
Dia 18/10: Wilson Lima (União Brasil)
Eduardo Braga esteve no estúdio no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus, onde foi entrevistado pela jornalista Luana Borba. O candidato do MDB tem como vice Anne Moura.
JAM 2 -Eu quero começar falando sobre BR-319. Afinal de contas, o seu plano de governo tem uma proposta voltada à exploração do potencial mineral usando, inclusive, a BR, como uma forma de escoar produção, falando de agronegócio. Mas a gente percebe que falta muita infraestrutura na BR. O senhor já esteve no governo e a infraestrutura da rodovia ainda não foi resolvida. Como o senhor pretende contar com a BR para escoar esses produtos agora, estando do jeito que está?
Bem Luana, primeiro boa noite a você, boa noite aos telespectadores, agradecer à Rede Amazônica por essa oportunidade e dizer que a luta da BR-319 é uma luta de mais de 20 anos. É um sonho que nós perseguimos e não vamos desistir. Acabamos de ter dois acidentes trágicos na BR-319. E lamentavalmente anunciados, porque as duas estruturas das duas pontes anunciaram que estavam correndo sérios riscos. E lamentavelmente nada foi feito, nem pela Defesa Civil do Governo do Estado, nem pelo Dnit do Governo Federal, e nós vimos o que aconteceu. Eu tenho me empenhado muito, desde quando fui governador, senador da república, na BR-319. Os 400km, 200km na direção Manaus/Careiro Castanho e os 200km na direção Porto Velho/Humaitá foi um avanço. O nosso grande desafio é a terra do meio, como é chamado, os 400 km e o trecho Charles, que vai do quilômetro 198 até o 250. Eu quero dizer que, como governador do estado, eu não só apoiarei, como colocarei recursos. E caso o governo federal tenha a disposição de delegar essa obra para o governo estadual, nós iremos realizar a obra, como eu realizei várias estradas. A estrada que liga Manaus à Autazes foi feita no meu governo. A estrada da Várzea foi feita no meu governo. A estrada Manaus/Manaquiri foi feita no meu governo. Boca do Acre/Rio Branco foi feita no meu governo. Atalaia/Benjamin feita no meu governo. Mais de dois mil quilômetros de estradas foram feitas, estradas federais e estradas estaduais, além de mais de 5 mil quilômetros de asfalto. Portanto, nós temos convicção de que temos capacidade técnica e capacidade política para executar esse grande sonho, como era o linhão de Tucuruí para Manaus, e nós realizamos, o Gasoduto de Coari para Manaus, e nós realizamos, como era o Prosamim, um sonho que eu acalentava, a ponte sobre o rio Negro e eu tenho fé, esperança e convicção de que vamos realizar também a BR-319.
JAM 2 - O senhor fala sobre esse apoio, parceria com o governo federal. E o senhor, explicitamente, apoia um dos candidatos nesse segundo turno. O senhor não acha arriscado esse declarar apoio tão abertamente, porque há a possibilidade de, de repente, não haver a eleição do seu apoiado para a presidência. E aí como ficaria a gestão diante de uma possível eleição sua e uma possível perda do seu candidato que você apoia?
Primeiro, Luana, eu torço e acredito na vitória do presidente Lula. Agora, eu não terei nenhum problema de articular e de construir um diálogo com um governo de quem quer que esteja na presidência da República. Eu tenho 40 anos de vida pública, eu como senador da república, fiquei 12 anos em Brasília, nesses doze anos eu fui líder do governo federal, líder do maior partido do senado, o MDB, fui ministro de estado. Eu conheço os caminhos de Brasília e tenho convicção de que o presidente Lula, sendo presidente, nós teremos muito apoio no sentido de poder realizar a BR-319. Mas se eu tiver de conversar com outro presidente, não terei nenhuma dificuldade, como não tive nos primeiros anos deste meu segundo mandato com o próprio ministro Tarcísio de Freitas, que foi capitão do Exército de Engenharia aqui em Manaus e na obra do Gasoduto, que nós realizamos com o Governo Federal, de Urucu até Manaus, ele era o responsável técnico pelo grupamento de engenharia. Veja como a vida faz os encontros daqueles que querem fazer o bem.
JAM 2 - O senhor falou então sobre parceria com o governo federal. Vamos falar sobre o nosso cenário local, porque a gente teve a definição da bancada dos deputados para os próximos quatro anos. E o que se percebeu é que a maioria é a favor do atual governador. Como é que numa possível eleição sua, o senhor vai lidar com isso para conseguir aprovação para os projetos que apoia, com essa composição que ficou definida para os deputados.
Luana, primeiro, eu acredito que todos eles foram eleitos pelo povo e para o povo. Tem compromisso de exercer o seu mandato. Chegando no governo do estado, vou conversar com todos os deputados, porque os nossos projetos são projetos para resolver o problema da saúde pública, que é um caso de polícia no estado do Amazonas. Resolver o problema da segurança que, sem ser o pleonasmo, também é caso de polícia e de política social. Resolver a questão da fome, porque 500 mil famílias no estado do Amazonas acordam sem saber o que vão comer. Isso dito não por mim, dito pelo IBGE e dito pelos institutos que pesquisam a questão da fome no Brasil.
JAM 2 - O senhor tem falado também sobre um benefício no valor de R$ 500 prestado às pessoas que fazem parte, já estão inscritas, e também falando em apoio para as pessoas que estão desempregadas, para que se capacitem, para que possam até empreender. Eu queria que o senhor explicasse um pouco mais sobre a origem do fundo que vai servir de aporte para isso, até para que as pessoas consigam saber a partir de quando, efetivamente, no caso da sua eleição, poderão receber esses valores?
Ótima a sua pergunta, Luana, primeiro para dizer que em janeiro de 2019 a junho de 2022, o Amazonas arrecadou R$ 85 bilhões de reais. Gastou com pessoal, direta e indiretamente, R$ 35 bilhões. Sobraram R$ 50 bilhões de reais.
JAM 2 - O Senhor diz que esse dinheiro já está em caixa?
Não, eu digo que esse dinheiro entrou e o governo não fez nada. Não fez um hospital, não fez um pronto-socorro, não fez uma maternidade, não fez um SPA, não fez uma policlínica, fechou os CAICs, fechou os CAIMEs. Portanto, se nós enfrentarmos o desperdício e o desvio de dinheiro público, nós temos dinheiro suficiente para pagar os R$ 500 para as 300 mil famílias.
JAM 2 - Então não seria imediato esse pagamento?
Imediato, temos apenas que aprovar a lei na Assembleia Legislativa. Isso acontecerá já no mês de fevereiro. Eu não acredito que a Assembleia se coloque contra aumentar de R$ 150 para R$ 500 a ajuda que vai efetivamente possibilitar avanços no enfrentamento contra a fome. Mas te m um caso ainda mais grave: 200 mil famílias são invisíveis, tanto para o governo federal, no no auxilio brasil , quanto para o governo estadual. no auxílio estadual. Essas 200 mil famílias não recebem ajuda nenhuma. Eu assumo, e se Deus quiser e com o voto do povo brasileiros e do povo amazonense, no dia 1º de janeiro. No dia 2, nós vamos chamar a maior força-tarefa de busca ativa dessas pessoas, como estágio de assistentes sociais, alunos universitários de assistência social para que nós possamos incluir 200 mil famílias nesse programa. Portanto, o nosso compromisso é Portanto, o nosso compromisso é de  500 mil famílias, 500 reais cada uma, R$ 3 bilhões por ano e 12 bilhões por ano de injeção para transferência de renda. Isso vai ajudar a combater a renda e vai ajudar o consumo.
Nós temos que mandar uma lei, para aumentar de 150 para 500, e aí aprovamos em fevereiro e começamos a pagar, sem problema. O dinheiro vem da quantia que o estado arrecadou e vai para o desperdício e para roubalheira, para ser mais
Não temos previsão para a internet 5G no interior. O que o senhor traz de propostas para resolver a falta de acesso à conexão de interne?
Esse é um programa do governo federal, mas há propostas para que nós possamos cooperar e colaborar para implementá-lo. Por exemplo, o 5G está com problemas técnicos aqui em Manaus. Tanto é que nós temos sofrido com o 5G, com o 4G, e o interior não terá 5G nas comunidades, ele terá 850 MHz, que é uma frequência mais longa que vai alcançar o interior do estado. Há toda uma modulação nessa contratação do governo  federal, mas o governo estadual entrará de modo a cooperar, apoiar, auxiliar e agilizar para que nós possamos já no ano de 2023 ter implementado onde vai ser o possível o 5G, o 5G. E onde for os 850 MHz, de forma tal, que nós possamos ter uma cobertura de internet móvel e de transferência de dados móveis. Nós temos que lembrar também que a Amazônia tem um satélite geoestacionário, que pode nos  ajudar muito. E ainda tem um terceiro passo, que nós já temos um grupo de técnicos estudando a questão do Elon Musk com a internet de banda larga nas escolas públicas. Nós estamos, inclusive, em razão dessa experiência fazendo investimentos pessoais, nossos. Comprando aparelhos e testando para que a gente possa ter ideia de como isso operacionaliza na prática.
A gente teve um período de pandemia em que houve um déficit de educação em boa parte do estado, porque muita gente ficou dependendo da aula remota, e no interior é ainda mais difícil. Que propostas o senhor traz para a Educação, em especial no interior?
Talvez você tenha feito a pergunta mais importante desse segundo turno. Eu criei um programa tecnológico. Fomos nós que levamos o ensino médio à distância no interior do estado. Lamentavelmente, em 2020, com o início da pandemia, nós não tivemos nem aula presencial, nem aula remota. No entanto, o estado recebeu 46 milhões por um serviço que não existiu. As contas ainda não estão aprovadas no Tribunal de Contas do Estado, a Assembleia Legislativa tem uma de suas funções fiscalizar. E eu espero que uma Assembleia eleita pelo povo fiscalize livremente, não só o meu governo, como os governos anteriores. Então precisamos fazer funcionar, em primeiro lugar, esse programa de ensino médio à distância, fazendo chegar banda larga de qualidade.
Ao mesmo tempo, nós vamos retomar a nossa formação continuada dos professores, que eu iniciei quando fui governador. Fiz o Pró-formar 1, Pró-formar 2. Fizemos Pós-Graduação, especialização, mestrado e doutorado. Tudo estimulado, com plano de cargos, carreiras e salários, que premiava aqueles que alcançavam qualidade. Não foi à toa que demos um salto de qualidade naquela época. Estabelecidos, inclusive, metas para pagamento de 14º e 15º para professores e trabalhadores da educação, desde o porteiro até o diretor da escola.
Então nós vamos com essas mesmas propostas e vamos ampliá-la, porque queremos agora fazer com que as escolas nos fins de semana estejam abertas para a comunidade. Nós vamos implementar o Jovem Cidadão, que nós criamos no nosso governo, que lamentavelmente acabaram, eram 180 mil alunos que ficavam em turno e contraturno. E agora nós estamos vindo com o 'Novo Cidadão', fazendo isso não mais para somente 180 mil alunos, mas para o conjunto de alunos de ensino médio e para o nosso conjunto de alunos da 5ª e 9ª série, onde estão os alunos matriculados do governo do estado. E vamos fazer um esforço, cooperando com os municípios, para que a escola de tempo integral também seja uma realidade nas escolas municipais.
O senhor já foi governador. O que o senhor não repetiria para um novo mandato?
Boa pergunta, eu espero ter aprendido e me tornado um ser humano melhor. Eu quando fui governador tinha 42 anos de idade, hoje tenho 62. Hoje eu sou avô, eu tenho um neto, Gael, de 2 anos, e uma neta chamada Aurora. Tenho 12 anos de experiência em Brasília, não só conseguindo recursos para o meu estado, eu consegui 1.6 bilhão. Eu, sinceramente, não me arrependo do que fiz, eu me arrependo do que não consegui fazer.
Considerações finais
Eu quero pedir a você que está me ouvindo, que eu acredito profundamente que quer mudanças para o Amazonas. E eu creio que Deus tem um propósito, porque Deus tem me trazido até aqui. Muitas dificuldades foram superadas, muitos obstáculos foram vencidos, e o povo nos trouxe ao 2º turno. Eu represento a bancada da mudança, e para o Amazonas poder crescer, é preciso mudar. Eu peço voto para o 15, de Eduardo e Anne Moura. E peço voto, também, para o presidente Lula, número 13. Para que o Brasil volte a ser feliz de novo, para que a gente possa enfrentar a questão da segurança nas nossas fronteiras, enfrentar os desafios que temos, da mesma determinação que sempre tivemos de fazer mais e melhor pelo povo. Para governador, 15, de Eduardo Braga. Para presidente, 13, do presidente Lula.
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Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/eleicoes/2022/noticia/2022/10/17/eduardo-braga-candidato-ao-governo-do-am-no-2o-turno-e-entrevistado-pela-rede-amazonica.ghtml
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