14/10/2022 às 17h11min - Atualizada em 17/10/2022 às 00h01min
Cirurgião plástico revela consequências e cuidados necessários durante e após a gestação para quem já encarou o bisturi
Dr. Luiz Haroldo Pereira desmistifica a prótese de silicone durante a amamentação, mas alerta sobre a diástase abdominal: 'Só exercício não vai resolver'
SALA DA NOTÍCIA Nobre Assessoria
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Reprodução Instagram A cegonha andou passeando entre as celebridades em setembro. A atriz e bailarina Claudia Raia surpreendeu ao anunciar sua gravidez aos 55 anos. Por sua vez, a influencer Viih Tube também revelou que seu primeiro filho com o ex-bbb Eliéser também está a caminho. Além da gestação, as duas mamães com corpos de capa de revista têm também a vaidade em comum. Pensando nisso, o cirurgião pioneiro na lipoaspiração no Brasil comenta os riscos e cuidados necessários para manter os resultados da cirurgia plástica mesmo após o nascimento do bebê.
Gravidez pós lipoaspiração De acordo com o médico, a gestação não influencia nos resultados da lipoaspiração após o parto, mas é importante ficar alerta no aumento do percentual de gordura durante a gravidez. “Os resultados não vão mudar se a paciente já tiver bons hábitos alimentares e se exercitar. É necessário cuidado apenas para não ganhar gordura e assim teremos um excelente resultado, provavelmente até sem precisar fazer uma nova plástica posterior”.
Benefícios da idade Diferente do que se imagina, para Dr. Haroldo, a idade de Claudia Raia é um pró no que tange a estética pós gestação. “Uma paciente como ela possivelmente terá a mínima intercorrência, porque seu organismo já tem uma maturidade maior”. Mas ressalta que não é só a idade que ajuda, mas os bons hábitos da atriz são essenciais: “Seu abdômen já estava acostumado a passar por grandes exercícios, com controle alimentar e muita disciplina.”
Diástase: Prevenção ou bisturi Um dos maiores temores das gestantes é real. A diástase abdominal, ou seja, a separação da musculatura do abdômen causada pelo aumento acelerado da barriga pode mesmo ser um vilão. Além da flacidez, a condição também pode gerar dores nas costas por enfraquecimento. De acordo com o cirurgião, uma rotina de exercícios e manter a musculatura fortalecida pode ajudar, mas se acontecer mesmo assim, quase sempre o caso é cirúrgico: “Se for uma diástase maior, será necessária uma abdominoplastia ou pelo menos uma mini abdominoplastia para reverter o quadro e ter um bom resultado. Começar os exercícios agora, não vai resolver”.
Amamentação versus estética Seja para aumentar ou diminuir, boa parte das mulheres já cogitou algum tipo de cirurgia nos seios. Após as alterações hormonais da gestação, essa vontade pode se intensificar. O mito de que as próteses podem interferir na amamentação já caiu por terra, mas a flacidez ainda pode ser uma consequência, principalmente para quem optou por colocar próteses maiores antes de ter uma gravidez a vista:
“Se a mulher tinha uma prótese muito grande e o aleitamento fez com que a mama crescesse muito, é possível que uma redução mamária seja necessária”.
Nesse ponto, o aumento de peso também é um risco, até para quem não tem próteses de silicone. “É importante acompanhar se a paciente engordou muito ao engravidar, porque além do aleitamento, a gordura também aumenta os seios. De modo geral, será necessário fazer uma revisão e pensar em uma mastoplastia, cirurgia redutora para reposicionar a mama”.
Cicatriz padrão Virgínia Na época do nascimento da primeira filha da influencer Virginia, muito se falou sobre a equipe de cirurgiões plásticos que a acompanhou durante a cesárea para cuidar de sua cicatriz. Para o Dr. Luiz Haroldo, esse é um procedimento estético viável e importante para garantir que a cirurgia terá um ótimo acabamento. “O cirurgião fará o fechamento da ferida com todos os detalhes para uma boa cicatrização”.
Mas o médico não recomenda grandes intervenções: “Não vale a pena uma abdominoplastia, por exemplo. Nesse momento há muitos edemas e o corpo ainda vai mudar depois de alguns dias. Podem ser realizados apenas pequenos reparos”.
Detalhes Anestesia geral não deve e nem pode estar nos planos da gestante por algum tempo. “Ir para uma cirurgia estética só poderá ser considerado 3 ou 4 meses após o fim da amamentação”, afirma o médico. Mas as mamães mais vaidosas podem respirar aliviadas. Pequenos procedimentos, principalmente na face, estão liberados: “Ela pode fazer um botox, preenchimento, laser, volumetria na face e toda a parte facial. Com supervisão médica, procedimentos pouco invasivos podem ser realizados, mas nunca uma cirurgia”, conclui.
Saiba mais sobre Dr. Luiz Haroldo Pereira Dr. Luiz Haroldo Pereira, que atende em Copacabana, no Rio de Janeiro, é referência em cirurgia corporal e facial no Brasil. O médico já foi presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e, desde 2006, é membro da comissão de avaliação para médicos que desejam se torna titulares da SBCP, capacitados para realizar as cirurgias de abdominoplastia, lipoaspiração, implantes de silicone e outros procedimentos.