27/09/2022 às 16h28min - Atualizada em 28/09/2022 às 02h00min

Sugestão de Pauta - A atuação profissional das mulheres no acesso aos direitos sociais

CRESS-SP destaca o trabalho de assistentes sociais mulheres na promoção do acesso aos direitos sociais da população. Fundadora do Cursinho Popular Ivone Lara, Ana Cléia Machado Araújo é a primeira entrevistada da segunda fase da série “A diversidade e a força das mulheres do Serviço Social”

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SALA DA NOTÍCIA CRESS - SP

Divulgação/CRESS-SP

São Paulo, 27 de setembro de 2022.

A série de entrevistas “A diversidade e a força das mulheres do Serviço Social”, que estreou em março deste ano no site do Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo — 9ª Região (CRESS-SP), chega à sua segunda fase com a participação de importantes nomes do Serviço Social paulista. As profissionais entrevistadas são referências da área e nos espaços onde atuam, com trabalhos que se destacam pela ampla abrangência, pela multi e interdisciplinaridade e pela pluralidade.

“Primeiramente, são mulheres, enfrentam o machismo e a misoginia cotidianamente, além de outras formas de opressão, e são exemplos de resistência nas áreas que ocupam, seja no trabalho, seja em suas experiências como militantes. Além disso, nossas entrevistas apresentam belas trajetórias, assumindo posição na realidade e com potencial para inspirar toda a nossa categoria”, descreve a Conselheira Presidenta do CRESS-SP, Nicole Araujo.

Ao longo do primeiro semestre, as assistentes sociais Ariana Celis, consultora, empresária e docente no Ensino Superior, Paula Silva Leão, Coordenadora e Gerente de Serviço Social do Instituto Cristóvão Colombo (ICC), e Abigail Silvestre Torres, atuante em políticas públicas, docência acadêmica e consultoria técnica para o Sistema ONU, falaram de suas trajetórias e lutas cotidianas na defesa e promoção do acesso aos direitos sociais e humanos da população.

Na entrevista mais recente, publicada em setembro, Ana Cléia Machado Araújo relata a difícil jornada de atendimentos no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Itaquera, referenciado para cerca de cinco bairros em São Paulo, capital, e duramente afetado pelo sucateamento e desmonte das políticas públicas atualmente em curso no Brasil. “O acúmulo de tarefas, de demandas, a falta de RH têm impactado muito, todos os dias. Estamos trabalhando na perspectiva de que é preciso haver mudanças — de gestão, na Secretaria, no Governo — para que consigamos minimamente fazer, pelo menos nos aproximar do que está na Política Pública”, revela.

Articuladora da Rede Intersetorial de Itaquera — que integra trabalhadores/as e usuários/as de diferentes políticas públicas para discussões e ações voltadas às questões enfrentadas na região — e membro do NUCRESS Leste (Núcleo Descentralizado do CRESS-SP na Zona Leste da cidade), a assistente social também é uma das fundadoras do Cursinho Popular Ivone Lara, que prepara assistentes sociais, psicólogos/as e pedagogos/as para concursos públicos, promove formação continuada e a educação inclusiva. “É um sonho que está virando realidade. Um sonho que eu não sonhei sozinha, sonhamos juntos/as. Para além do estudo, é ter um lugar para esses/as profissionais pensarem, enquanto servidores/as públicos/as, também como sujeitos de transformações”, reflete sobre o coletivo.

Ana Cléia e todas as convidadas da série do CRESS-SP são representantes da potência do trabalho feminino não só no Serviço Social, mas em todos os campos. “As assistentes sociais entrevistadas em nossa série representam a resistência da nossa classe e, principalmente, das mulheres, que sempre precisaram lutar para garantir seus direitos”, pontua Nicole Araujo.

“A diversidade e a força das mulheres do Serviço Social” está na agenda do CRESS-SP na campanha nacional “Nós, mulheres, assistentes sociais de luta!”, promovida pelo Conjunto CFESS-CRESS (formado pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais de Serviço Social), e busca retratar a atuação ampla e plural das assistentes sociais mulheres, que são maioria no Serviço Social brasileiro. No estado de São Paulo, elas representam quase 90% dos/as mais de 39 mil profissionais da área inscritos/as e ativos/as. “A série tem sido muito bem recebida pela categoria, garantindo a possibilidade de que diversas assistentes sociais tenham visibilidade e sejam femenageadas em sua atuação, compromisso e militância. É gratificante poder garantir tal reconhecimento a assistentes sociais que são mulheres de luta, coragem e coerência, e que, muitas vezes, não têm reconhecimento ao longo da vida”, comenta a Conselheira Presidenta do CRESS-SP.

Leia a entrevista de Ana Cléia Machado Araújo em http://cress-sp.org.br/ana-cleia-machado-araujo-em-entrevista-para-a-serie-a-diversidade-e-a-forca-das-mulheres-do-servico-social/. Todas as entrevistas da série ficam disponíveis para leitura no site do CRESS-SP. Acompanhe em cress-sp.org.br!

As/Os porta-vozes do CRESS-SP estão disponíveis para falar com a imprensa. Para entrevistas, declarações e outras contribuições, entre em contato com a assessoria de imprensa do CRESS-SP.

SOBRE O CRESS-SP

O Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo — 9ª Região, CRESS-SP, integra o Conjunto CFESS-CRESS, criado após a regulamentação da profissão de assistente social. O CRESS-SP foi instituído pela Lei nº 3.252/57, pelo Decreto nº 994/62 (hoje alterados para Lei 8.662/93) — uma exigência constitucional para todas as atividades profissionais regulamentadas por lei. Por ser uma entidade de direito público, o CRESS-SP tem suas contas apreciadas anualmente pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Compete ao CRESS-SP: orientar, disciplinar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Serviço Social; zelar pelo livre exercício, dignidade e autonomia da profissão; organizar e manter o registro profissional dos/das assistentes sociais e das pessoas jurídicas que prestam serviços de consultoria; zelar pelo cumprimento e observância do Código de Ética Profissional.