26/09/2022 às 11h24min - Atualizada em 26/09/2022 às 16h00min

Exercícios físicos em excesso podem causar lesões no ombro

Proximidade do verão estimula prática de atividade física e "ombro do malhador" é problema comum; SBCOC explica

SALA DA NOTÍCIA Patricia Soares

O inverno vem chegando ao fim e, daqui a pouco mais de três meses, inicia a estação mais quente do ano, fazendo com que muitas pessoas queiram começar ou intensificar a prática de musculação para ficar com um corpo mais definido para aproveitar o verão. Mas treinos em excesso e sem a orientação de um educador físico podem resultar em lesões.

O ombro é uma das regiões que costumam ser mais impactadas durante os exercícios de membros superiores. “O excesso de peso, repetição e a ausência de alongamento contribuem para que os ombros sejam lesionados” fala o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Dr. Luis Alfredo Gomez.

O especialista explica que um problema comum é a osteólise distal da clavícula, chamada popularmente de “ombro do malhador”. “Quando há esforço repetitivo, sem repouso ou intervalo, o osso entra em fadiga e surge o edema ósseo, com aumento de vascularização que acaba resultando em uma reabsorção do osso. A dor costuma irradiar para a base do pescoço, trapézio, deltóide e braço”, diz o ortopedista.

O presidente da SBCOC pontua que, ao perceber desconforto constante nos ombros e dificuldades para fazer tarefas básicas do dia a dia, o ideal é interromper a atividade física e procurar um especialista para o diagnóstico e tratamento adequados. “Se o desconforto muscular não diminuir em três a cinco dias após o treino ou for uma dor aguda, pode ser sinal de uma lesão. Além disso, sobrecarregar alguma região durante o exercício pode, em longo prazo, levar a uma contusão. Então, se a pessoa sentir desconforto sempre na mesma região ao se exercitar, mesmo que não seja algo que a esteja limitando de fazer o movimento, é importante averiguar com um especialista o que pode estar acontecendo”, salienta. “Atividade física nunca deve ser sinônimo de dor”, conclui.


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