A diabetes cresceu mais rapidamente entre as mulheres durante a pandemia, saltando de um percentual de 7,8% em 2019 para 9% em 2020. Essa conclusão da Sociedade Brasileira de Diabetes pode ser explicada pelo fato de que, apesar de elas apresentarem mais cultura de acompanhamento médico, o cenário de dificuldades sociais e econômicas observado nos últimos anos atingiu a população feminina com maior intensidade, com potencial impacto nas condições para prevenção do diabetes, como acesso à alimentação de qualidade, rotina de atividades físicas, entre outros.
Como uma doença silenciosa agravada pelo cenário dos últimos anos, os problemas na saúde gerados pela diabetes podem aumentar durante o inverno, devido à mudança de hábitos típicos do período mais frio, como diminuição de atividades físicas e maior consumo de calorias, por exemplo, que elevam o nível de açúcar no sangue, provocando o descontrole da doença.
Por isso, durante a estação, é importante redobrar os cuidados, obedecendo a quatro pontos principais:
Alimentação e hidratação
De acordo com a nutricionista Taissa Müller, do Lach, laboratório e clínica, o ideal é realizar de três a cinco refeições por dia baseadas em fibras, carnes brancas, frutas, legumes, verduras e grãos. “Uma boa opção para o lanche são ovos cozidos, nozes e biscoitos integrais. Dessa forma, evita-se o consumo de industrializados inflamatórios ricos em carboidratos e pouco nutritivos”, afirma. A especialista também reforça que manter-se hidratado ajuda no controle do nível de glicose no sangue e que o baixo consumo de água pode ser prejudicial aos que possuem diabetes, já que a micção exacerbada, devido aos altos níveis de glicose, pode gerar desidratação.
Exercícios Físicos
Os exercícios físicos também são fundamentais para quem convive com a diabetes. Recomenda-se, no mínimo, 30 minutos de exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida ou pedalada. Essa prática estimula a produção de insulina, além de melhorar o aproveitamento da glicose pelos músculos.
Rotina de monitoramento frequente
Para um dia a dia ainda melhor, monitorar as taxas de glicose no sangue com frequência auxilia no controle da doença e reduz as chances de problemas súbitos de saúde por conta de picos elevados de glicose ou pela falta dela no sangue. Para Ana Luiza Szuster, farmacêutica e Diretora de Relações Internacionais da MedLevensohn, nesse momento é fundamental contar com aparelhos de qualidade. “Já existem no mercado diversas soluções com tecnologias inovadoras, até mesmo com comunicação bluetooth, que cabem dentro de nossas bolsas e possuem resultados seguros, de qualidade. Esses equipamentos são capazes de armazenar histórico de testagem que, atualmente, pode ser verificado em um aplicativo de smartphone, por exemplo”, reforça.
A assistente de coordenação Clara Mendes, 22, diagnosticada com diabetes aos 10 anos, conta que as mudanças de hábitos e a adequação a uma nova rotina se tornaram ainda mais fáceis, pois ela pode contar em casa com aparelhos de controle da glicemia. “Eu era criança e tudo na minha vida mudou. Tive que começar a monitorar minha glicemia com frequência e a transportar frascos de insulina para todo lado. O aparelho de verificação que eu uso é portátil, o que facilita muito minha vida e, combinado a uma bolsa térmica de insulina que utilizo, me permite conviver com a diabetes de forma tranquila, segura e sem transtornos em qualquer estação do ano”, revela.
Pele hidratada
Outro ponto importante para quem convive com a diabetes, em especial as mulheres, são os cuidados com a pele, já que a doença não controlada pode provocar mais ressecamento ou até feridas. O ar mais frio do inverno associado aos banhos quentes tende a deixar a pele ainda mais sensível e ressecada, com toque áspero. Por isso, investir em dermocosméticos é uma boa opção, já que eles possuem uma combinação de ativos especialmente indicados para pessoas que tratam doenças na pele, possuem dificuldade de regeneração ou apenas um ressecamento excessivo.