01/09/2022 às 11h25min - Atualizada em 01/09/2022 às 22h15min

Atuação de assistentes sociais é estratégica

Em entrevista da série “A diversidade e a força das mulheres do Serviço Social”, Abigail Silvestre Torres, assistente social, pesquisadora e consultora técnica para o Sistema ONU, fala dos desafios da profissão e do impacto que ela pode ter para população e gestões públicas e privadas

SALA DA NOTÍCIA CRESS - SP
Divulgação/CRESS-SP

Já está disponível para leitura a terceira entrevista da série “A diversidade e a força das mulheres do Serviço Social”, iniciativa do Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo — 9ª Região (CRESS-SP) que faz parte das ações da campanha nacional “Nós, mulheres, assistentes sociais de luta!”, promovida pelo Conjunto CFESS-CRESS (formado pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais de Serviço Social). 

O objetivo da série é retratar a atuação ampla e plural das assistentes sociais mulheres, presentes em inúmeros espaços, onde trabalham em defesa dos direitos sociais e humanos da população. Essas profissionais são a maioria no Serviço Social brasileiro, e, no estado de São Paulo, representam quase 90% dos/as mais de 39 mil assistentes sociais inscritos/as e ativos/as. “São mulheres negras, indígenas, transexuais e travestis, de diferentes faixas etárias e inseridas nos mais diversos espaços sócio-ocupacionais”, descreve Nicole Araujo, Conselheira Presidenta do CRESS-SP.

Desta vez, a entrevistada é Abigail Silvestre Torres. A assistente social é diretora técnica e sócia-administradora de uma empresa de consultoria em gestão social e, além de atuar em políticas públicas, na docência acadêmica e na pesquisa, é consultora técnica de organismos multilaterais como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), do Sistema ONU. 

Com olhar crítico, Abigail falou à reportagem do site do CRESS-SP das dificuldades encontradas no SUAS, o Sistema Único de Assistência Social, e dos preconceitos enfrentados, ainda hoje, por profissionais da área, principalmente as mulheres. “O maior desafio que enfrento está associado à ausência de prioridade da área em que atuo, especialmente no SUAS, com recursos muito escassos, pouco reconhecimento coletivo de sua relevância e das questões com as quais atua, ainda de baixa profissionalização e com muitos preconceitos, especialmente ao se entender que basta ser uma pessoa de bom coração, paciente e cristã que terá um trabalho relevante”, comenta na entrevista. “Profissionais que atuam na minha área, não raramente são tratadas com certo desdém, como se fôssemos ingênuas e nos deixássemos enganar pela malícia e má-fé da população”, relata. 

Ao longo da conversa, a pesquisadora também reflete sobre o impacto do Serviço Social para a população e sobre como o trabalho de assistentes sociais é estratégico para as gestões públicas, privadas ou de organizações da sociedade civil. Para ela, a profissão é fundamental para desenvolver formas de desvelar processos cotidianos de desigualdade e desnaturalizá-los, e tem um impacto positivo na vida da população quando busca ampliar o universo de informações das pessoas e assegurar acesso a direitos, e quando promove momentos de reconhecimento de trajetórias e resistências, com respeito às vivências, em que as pessoas se sentem acompanhadas. 

 

A entrevista de Abigail pode ser lida na íntegra em cress-sp.org.br
 

As/Os porta-vozes do CRESS-SP estão disponíveis para falar com a imprensa. Para entrevistas, declarações e outras contribuições, entre em contato com a assessoria de imprensa do CRESS-SP

 

SOBRE O CRESS-SP

O Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo — 9ª Região, CRESS-SP, integra o Conjunto CFESS-CRESS, criado após a regulamentação da profissão de assistente social. O CRESS-SP foi instituído pela Lei nº 3.252/57, pelo Decreto nº 994/62 (hoje alterados para Lei 8.662/93) — uma exigência constitucional para todas as atividades profissionais regulamentadas por lei. Por ser uma entidade de direito público, o CRESS-SP tem suas contas apreciadas anualmente pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Compete ao CRESS-SP: orientar, disciplinar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Serviço Social; zelar pelo livre exercício, dignidade e autonomia da profissão; organizar e manter o registro profissional dos/das assistentes sociais e das pessoas jurídicas que prestam serviços de consultoria; zelar pelo cumprimento e observância do Código de Ética Profissional.

Na internet: cress-sp.org.br, facebook.com/cress.saopaulo, instagram.com/cress_sp, youtube.com/cresssp



 

Entrevistas e declarações para a imprensa:

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Larissa Furtado, assessora de comunicação.


 
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