O Brasil é o país com mais dentistas do mundo, com cerca de 375 mil profissionais, sendo 107 mil em São Paulo, 44 mil em Minas Gerais e quase 35 mil no Rio de Janeiro. De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), o setor cresceu em números de profissionais cerca de 42% de 2010 a 2018, porém a realidade do panorama da saúde bucal no país é que grande parte dos cidadãos não possuem acesso a tratamentos odontológicos.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, cerca de 12,9% da população possui plano odontológico, correspondendo a 189 milhões de atendimentos, contra cerca de 40 milhões pelo SUS, no mesmo ano. Esse número acaba impactando a relação das pessoas com a sua saúde bucal e as consequências com a falta de idas ao dentista com o passar do tempo.
“Parece clichê, mas a verdade é que a saúde começa pela boca. A prevenção é o melhor tratamento odontológico que as pessoas podem realizar. Ir ao dentista a cada seis meses é o ideal, mas caso não seja viável, pelo menos uma vez ao ano é obrigatória a realização de um checkup”, enfatiza Alfredo Mesquita, especialista em Odontologia Digital.
A perda de dentes é o segundo fator que mais prejudica a vida de pessoas com idade entre 45 e 70 anos e as doenças que mais acometem os brasileiros são: cáries, mau hálito, falta de dentes e gengivite. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ibope mostram que, no Brasil, 39 milhões de pessoas utilizam prótese dentária. Além dos mais, os números indicam que 16 milhões de brasileiros vivem sem nenhum dente.
“A perda dos dentes afeta diretamente a aparência do rosto o que acaba afetando a autoestima dos pacientes, contribuindo para um isolamento social e até doenças psicológicas. A saúde bucal deve ter atenção desde a infância com a mesma intensidade e importância que é dada para o restante do corpo”, finaliza Alfredo Mesquita, especialista em Odontologia Digital.