15/06/2022 às 23h48min - Atualizada em 16/06/2022 às 00h00min
Caso Bruno e Dom: imagens mostram chegada de 'remanescentes humanos' no porto de Atalaia do Norte; assista ao vídeo
Os restos mortais serão encaminhados para perícia em Brasília. Após a confirmação das identificações, serão entregues às respectivas famílias das vítimas.
AMAZONAS
Os remanescentes humanos encontrados durantes as buscas pelo indigenista Bruno e o jornalista inglês Dom Phillips foram transportados na noite desta quarta-feira (15) até o porto de Atalaia do Norte, a 1.136 quilômetros de Manaus.
Os restos mortais chegaram em sacos pretos por volta das 20h (horário local) e foram conduzidos por agentes da Polícia Federal até uma caminhonete, depois transportados de helicóptero até o município de Tabatinga, de onde devem ser levados em outra aeronave até Brasília.
Durante coletiva de impressa realizada em Manaus, a PF confirmou que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou ter assassinado o Bruno Dom Phillips. O suspeito indicou às autoridades o local onde enterrou os corpos das vítimas.
'Remanescentes humanos' encontrados durante buscas devem passar por perícia.
Os remanescentes humanos serão encaminhados para perícia na capital federal. Após a confirmação das identificações, serão entregues às respectivas famílias das vítimas.
Além de Amarildo, também está preso um irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Santos", mas, segundo a PF, ele não confessou envolvimento no caso.
A participação no crime de uma terceira pessoa, citada por Amarildo, está sendo investigada e novas prisões não estão descartadas.
'Remanescentes humanos' foram transportados no início da noite.
Reconstituição
Ainda segundo a PF, Amarildo fez a confissão na noite de terça, quando narrou em detalhes o crime. Durante o dia desta quarta, ele foi levado até o local onde enterrou os corpos. Ele também indicou onde afundou a embarcação que era usada por Bruno e Dom, mas a polícia só deve ir ao local nesta quinta-feira (16) para retirar a embarcação.
O restos mortais foram achados cerca de 3,1 km de distância de onde itens pessoais do indigenista e do jornalista, como cartão de saúde e notebook, haviam sido encontrados dias atrás.
"Não teríamos condições de chegar ao local de maneira rápida sem a confissão", afirmou o superintendente.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Guilherme Torres, as equipes percorreram o rio por cerca de 1h40 e depois caminharam mais 25 minutos em uma área de mata de difícil acesso até onde os corpos tinham sido enterrados.
No local, foi feita uma reconstituição do crime, com autorização da Justiça.