14/08/2024 às 10h58min - Atualizada em 15/08/2024 às 08h00min

Inteligência emocional e o impacto nas relações corporativas

Por Verônica Magariños*

ISABELA MANOCCHIO
Foto do banco de dados de Hyper Island;

É preciso coragem e humildade para reconhecer que somos seres guiados mais por emoções e sentimentos do que por pura lógica e racionalidade, especialmente no ambiente das organizações, onde estamos submersos em cenários macro acelerados, imprevisíveis e incertos. Quando discutimos sobre equipes de alto desempenho, estamos também nos referindo a indivíduos que possuem a competência e a agilidade emocional necessárias para colaborar de forma produtiva e eficaz.

Neste contexto, a inteligência emocional é um exercício consciente de observar reações de maneira neutra. Ela envolve a habilidade de reconhecer processos internos em resposta às informações sensoriais que recebemos do ambiente ao nosso redor. Apesar de frequentemente nos vermos como processadores lógicos, nossos cérebros são, na verdade, formados para processar narrativas e sentimentos e isso indica que nossos conceitos e pensamentos estão profundamente enraizados em experiências emocionais. 

Com frequência, nosso vocabulário emocional se limita a expressões simplificadas, como "me sinto bem" ou "me sinto mal". No entanto, a capacidade de gerenciar emoções de forma efetiva está diretamente ligada ao nível de alfabetização emocional e, por isso, é necessário desmistificar a ideia de que focar em nossos sentimentos nos aprisiona em emoções difíceis. Quanto mais conseguirmos aceitar as nossas emoções, sem resistências, maior será a oportunidade de processá-las e, consequentemente, diminuir seu impacto sobre nós. Como diz o ditado, "o que resistimos, persiste".

É fundamental identificar e articular os sentimentos que experimentamos internamente, sejam eles tristeza, ansiedade, felicidade, medo, encantamento ou tranquilidade. Em contextos corporativos, isso faz com que os líderes e membros da equipe sejam capazes de resolver conflitos de maneira mais construtiva, além de criar um ambiente de trabalho onde todos se sintam valorizados e compreendidos.

Por fim, é crucial entender que a inteligência emocional não é um atributo fixo, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida e aprimorada ao longo do tempo. Investir em treinamentos, workshops e práticas que promovam a alfabetização emocional pode trazer benefícios significativos para as organizações, não apenas em termos de produtividade, mas também em termos de satisfação e bem-estar dos colaboradores, os tornando emocionalmente ágeis. 

A verdadeira força de uma equipe de alto desempenho reside na capacidade de seus membros de navegar pelas complexidades emocionais com agilidade e compreensão, em vez de investir tempo e energia em evitá-los ou escondê-los, transformando desafios em oportunidades de crescimento e sucesso coletivo.

*Veronica Magarinos é head da Hyper Island Habla Hispana, consultoria global especializada em jornadas de aprendizado e transformação


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ISABELA MANOCCHIO SANTOS
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