23/07/2024 às 16h44min - Atualizada em 24/07/2024 às 08h00min

“Prejuízos causados por apagão cibernético ainda são contabilizados por empresas em todo o mundo”, dizem advogados

DAVID FLORIM
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Na semana passada, um apagão cibernético de proporções significativas atingiu empresas ao redor do mundo, resultando em prejuízos financeiros estimados em bilhões de dólares e expôs vulnerabilidades críticas na infraestrutura digital global.

O apagão teve início por volta das 3h da manhã (UTC), quando sistemas críticos de empresas multinacionais de tecnologia foram abruptamente desconectados da rede. A causa inicialmente reportada foi um ataque coordenado de negação de serviço distribuído (DDoS), que sobrecarregou servidores centrais com um volume anormal de tráfego malicioso.

O  advogado Ricardo Dosso, especialista em direito empresarial e sócio do escritório Dosso Toledo Advogados, acompanha de perto os desdobramentos do apagão cibernético. Segundo ele, o prejuízo é grande.
- “Grandes corporações, como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud, foram severamente impactadas, resultando em interrupções prolongadas de serviços essenciais para clientes ao redor do mundo. Isso levou a uma perda direta de receita estimada em centenas de milhões de dólares por hora para cada empresa afetada”, explicou.

Além das perdas imediatas, muitas empresas enfrentam agora custos adicionais para restaurar sistemas, investigar a causa do apagão e implementar medidas de segurança adicionais. Analistas preveem que os custos totais poderiam ultrapassar os bilhões nos próximos meses.

- “A confiança dos consumidores e investidores também foi abalada, com muitos questionando a capacidade das empresas de proteger dados sensíveis e manter a continuidade dos serviços. Isso pode ter efeitos duradouros sobre a reputação das marcas afetadas”, explicou a advogada Ana Franco Toledo, também sócia do escritório Dosso Toledo Advogados.

Para os advogados ouvidos pela reportagem, este apagão cibernético serve como um lembrete crucial sobre a vulnerabilidade crescente das infraestruturas digitais globais.

- “Empresas estão sendo instadas a investir mais em resiliência cibernética, monitoramento proativo de ameaças e capacidade de recuperação rápida. Além disso, a colaboração entre setores público e privado é essencial para fortalecer as defesas contra ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas”, sintetizou o advogado Ricardo Dosso.
- “Este incidente serve como um lembrete severo da necessidade urgente de investimentos contínuos em segurança cibernética e planejamento de continuidade de negócios, garantindo assim que empresas e sociedades estejam preparadas para enfrentar os desafios do mundo digital moderno”, finalizou a advogada Ana Franco Toledo.
 

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DAVID ROBERTO FLORIM
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