26/12/2023 às 13h41min - Atualizada em 26/12/2023 às 13h41min

Falso entregador simula erro e convence vítima a pagar taxa em maquininha adulterada

Criminosos argumentam suposto erro em endereço para tirar dinheiro das vítimas

Reprodução internet
 

O golpe já é conhecido, mas vem sendo aperfeiçoado. Agora, criminosos têm se passado por falsos entregadores e usado maquininhas de cartão adulteradas para tirar dinheiro das vítimas. Eles fingem que precisam entregar um presente, mas que há erro no endereço. Para uma segunda tentativa de entrega, cobram uma taxa, que pode se transformar no pagamento de até R$ 10 mil no cartão. As informações são do site Extra.

O alerta foi feito nas redes sociais. O empreendedor Leonardo Lopes relatou que quase foi vítima da abordagem dos golpistas, e que duas pessoas próximas acabaram caindo no golpe.

De acordo com Lopes, os criminosos entram em contato com a potencial vítima dizendo que precisavam entregar um presente, mas que, ao irem até o local, não encontraram ninguém. Eles argumentam que a pessoa que efetuou a compra teria errado o endereço e pedem as coordenadas corretas.

Chegando ao local, o falso motoboy cobra uma taxa pela segunda tentativa de entrega, de R$ 5, mas que o valor precisa ser pago com cartão. E é na hora de quitar a suposta taxa que se dá o golpe:

“Aí começa uma patifaria de o sinal tá ruim, não tá passando, tenta outro cartão e aí fica nesta ladainha, pedindo senha toda hora e dizendo que está com problema e tentando vários cartões”, conta Lopes: “Nesta, como ele repete várias vezes, a pessoa para de conferir o valor e ele passa R$ 3 mil, R$ 5 mil, até R$ 10 mil em cada cartão”.

Ainda segundo o relato, a abordagem dos criminosos se dá inclusive via mensagem de WhatsApp, onde os golpistas usam nomes e até foto de lojas conhecidas no mercado, numa estratégia de ganhar a confiança das vítimas. O pagamento da taxa, porém, precisa ser feito no cartão. Mas com a maquininha adulterada, o valor pequeno, em torno de R$ 5, se multiplica em prejuízos que alcançam até R$ 10 mil, como relatou Leonardo.

No relato nas redes sociais, nenhuma empresa foi citada especificamente, mas o EXTRA procurou algumas das principais companhias que atuam no setor para entender como as plataformas têm recebido esses tipos de caso.

O iFood afirmou em nota que orienta os clientes a não aceitarem cobranças de valores adicionais na entrega, e que repudia qualquer tipo de conduta de criminosos que não têm relação com a empresa e que contribuem para a depreciação da imagem e trabalho dos entregadores.

“Desde 2022, a companhia trabalha em parceria com diferentes secretarias de Segurança Pública, dispondo de tecnologias para contribuir com a identificação dos criminosos pela polícia, além de investir constantemente para oferecer maior segurança no app, mantendo um processo rigoroso de checagem de novos entregadores para ingresso na plataforma”, diz o texto.

Rappi e Loggi também foram procuradas, mas não responderam.


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