13/10/2023 às 11h27min - Atualizada em 13/10/2023 às 11h27min

Itamaraty confirma terceira brasileira morta no conflito; ela estava no festival próximo à Faixa de Gaza

A diplomacia brasileira trabalhava com a hipótese de Karla estar entre os reféns capturados pelo Hamas. Ela estava desaparecida desde que participou de um festival, no último sábado (7)

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A carioca Karla Stelzer, de 42 anos, é a terceira vítima brasileira da guerra entre Israel e Hamas. A informação da morte foi confirmada à CNN pelo Itamaraty e por uma pessoa próxima da brasileira.

Karla estava desaparecida desde que participou de um festival de música eletrônica próximo à Faixa de Gaza, no último sábado (7).

Em nota, o governo brasileiro “lamenta e manifesta seu profundo pesar” com a morte de Karla.

“Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Karla, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil”, concluiu o Itamaraty.

O namorado de Karla, Gabriel Azulay, também estava no festival e foi encontrado morto na quarta-feira (11).

O enterro de Karla e Gabriel acontecerá nesta sexta (13), na cidade israelense de Qiryat Malakhi, às 15h, disse a amiga de Karla, Patrícia Hallak, à CNN.

Até a confirmação da morte, a diplomacia brasileira trabalhava com a hipótese de Karla estar entre os reféns capturados pelo Hamas.

A carioca de 42 anos morava há 11 anos em Israel, no moshav de Bet Ezra, Hadarom.

À CNN, um amigo da brasileira informou que ela tem um filho que também mora em Israel.

Ele relatou o que seria o último áudio enviado por Karla a uma amiga. Na mensagem, ela teria dito que estava junto a pelo menos outras três pessoas.

No início, ainda segundo a descrição, ela disse ter achado que os foguetes eram fogos de artifício da festa, e afirmaram que estavam fugindo do local.

Outros dois brasileiros que estavam em rave morreram em ataque do Hamas

Na terça-feira (10), a família da carioca Bruna Valeanu, de 24 anos, confirmou a morte da jovem brasileira, que participava do mesmo festival de música eletrônica em Israel.

A irmã de Bruna, Florica Valeanu, disse à CNN que o Exército israelense foi até sua casa nesta terça e informou que o corpo de Bruna foi encontrado.

O funeral aconteceu ainda na terça-feira. Além de pessoas próximas, vários israelenses compareceram ao funeral, mesmo sem conhecer a jovem, em uma demonstração de solidariedade. O embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, também esteve presente.

Bruna Valeanu, de 24 anos, nasceu no Rio de Janeiro e morava atualmente na cidade de Petah Tikva, tendo se mudado para Israel em 2015. Ela tinha dupla cidadania.

A primeira vítima brasileira em Israel foi Ranani Nidejelski Glazer, também de 24 anos, que foi encontrado morto na segunda-feira (9). Ele participou da mesma rave que Bruna e Karla.

O pai de Ranani reconheceu o corpo do rapaz, segundo informou um primo à reportagem.

Ranani chegou a postar em uma rede social sobre o bombardeio em um bunker. Ele vivia em Israel há aproximadamente sete anos, e residia em Tel Aviv.

Ele havia terminado recentemente o tempo de serviço militar, obrigatório no país, e trabalhava como entregador.

Ranani nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e trabalhou anteriormente como editor de vídeos e designer de propagandas animadas.

 

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