19/09/2023 às 15h55min - Atualizada em 19/09/2023 às 15h55min

Bancos se adiantam e deixam de oferecer transferências via DOC, aponta Febraban

Febraban informou que as instituições têm até o dia 29 de fevereiro de 2024 para finalizar operações deste tipo

Reprodução internet
 

Alguns bancos já estão tirando dos seus pacotes de serviços as operações via Documento de Ordem de Crédito (DOC) para pessoas físicas e jurídicas. Das cinco maiores instituições do país, o Itaú e Santander já desativaram esse tipo de transferência aos seus clientes.

O Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco já informaram aos clientes a data de descontinuidade do serviço.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos deverão deixar de oferecer o DOC aos seus clientes até o dia 29 de fevereiro de 2024.
Criado em 1985 pelo Banco Central (BC), o DOC perdeu espaço para formas mais rápidas e mais baratas de transferência de recursos.

O uso dessas operações vem caindo nos últimos anos, principalmente após o lançamento do Pix, em novembro de 2020.
Levantamento feito pela Febraban sobre meios de pagamento com base em dados divulgados pelo BC mostra que as transações via DOC em 2022 somaram 59 milhões de operações, apenas 3,7% do total de 63,071 bilhões de operações realizadas no ano.

O DOC ficou bem atrás dos cheques (202,8 milhões), TED (1,01 bilhão), boleto (4 bilhões), cartão de débito (15,6 bilhões), cartão de crédito (18,2 bilhões) e do Pix, a escolha preferida dos brasileiros, com 24 bilhões.

Além do DOC, serão descontinuadas as operações de Transferência Especial de Crédito (TEC), feitas exclusivamente por empresas para pagamento de benefícios a funcionários.

Segundo informações da Febraban, a extinção das duas modalidades de meio de pagamento também foi motivada pela experiência e o custo-benefício aos clientes.

Outras modalidades de operação oferecem o mesmo serviço de maneira instantânea, a exemplo da Transferência Eletrônica Disponível (TED), e sem custo, no caso do Pix, nas transações de menor valor.

Isaac Sidney, presidente da Febraban, destacou que, com o surgimento do Pix e a alta movimentação bancária com menores taxas, operações como TEC e DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes.

“A Febraban e os bancos estão constantemente avaliando a modernização e atualização de todos os meios de pagamentos utilizados no país, a fim de melhorar a conveniência para os clientes”, afirma.

Tanto na TEC quanto o DOC, o valor máximo transacionado é de até R$ 4.999,99, que pode ser agendado para beneficiar outra conta, inclusive de um banco diferente.

As movimentações feitas por meio do DOC são efetivadas um dia depois do banco receber a ordem de transferência, enquanto a TEC garante a transferência de recursos até o final do mesmo dia em que foi dada a ordem.

A diferença entre as operações é que a TEC possibilita ao emissor transferir recursos para diferentes contas ao mesmo tempo, o que não é possível no caso do DOC.

Com relação a tarifas, cada banco institui o valor cobrado pelas transações em seus diferentes canais de atendimento ao cliente.


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