Inovar é uma das palavras-chave para o sucesso em diversas áreas e, claro, no varejo não é diferente. Passando por diversas transformações, o setor experiencia uma forte tendência ao digital desde 2020, com a pandemia, que intensificou hábitos de compras online e despertou novas necessidades. Para se ter uma noção, espera-se que o e-commerce atinja R$ 185,7 bilhões em 2023, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), número que vai subir ano após ano e atingir o valor de R$ 273 bilhões em 2027.
Os dados mostram a importância de sempre recorrer às tecnologias mais avançadas e preparar os negócios para o mundo digital em constante atualização. "Com a ascendência de inteligências artificiais, hábitos de consumo das novas gerações e uma forte tendência ao omnichannel, profissionais do varejo devem estar atentos a todas as movimentações de mercado e pensando cada vez mais em integrar canais, dados e informações", diz Juliano Ricardo Regis, gerente comercial do Myrp Enterprise, sistema de gestão empresarial voltado às grandes operações franqueadoras do varejo de moda.
Para ilustrar melhor essa nova realidade do mercado, Juliano listou 7 estratégias essenciais para alavancar os negócios no segundo semestre de 2023. Confira a seguir:
Também chamada de estratégia omnichannel, a omnicanalidade consiste na convergência de canais físicos e digitais para um processo de compra integrado e contínuo, uma estratégia que pode ajudar a entender melhor as preferências e comportamentos de compra dos consumidores. Ao captar dados de todos os canais de compra, tanto presencialmente quanto pela internet, a operação franqueadora é capaz de entender as necessidades de seus clientes e definir planos de ação mais claros e eficazes, com foco no resultado.
A convergência também permite que o cliente escolha a maneira mais conveniente de começar e finalizar sua compra, escolhendo quando e onde vai concluir cada uma das etapas da jornada. Ele pode ver um produto na loja física, por exemplo, e finalizar a compra online – e vice-versa. Essa flexibilidade permite que o consumidor fique livre para trocar de formato durante a escolha e teste dos produtos ou serviços. A estratégia ajuda, ainda, a evitar a ruptura na jornada de compra, uma vez que os estoques também ficam interligados com a união dos diferentes canais de venda.
A omnicanalidade pode ser aplicada de diversas formas dinâmicas, que colocam o cliente no foco da experiência de compra. No setor varejista, mais da metade dos lojistas já aderiram à estratégia, segundo o Future of Commerce da Shopify. "Com cada vez mais destaque, a omnicanalidade está no futuro e no presente do varejo, e sua implementação se torna cada vez mais essencial aos negócios. Com um investimento num bom software que integre os canais de venda e uma boa estratégia de marketing, é possível aplicá-la e colher os resultados”, diz Juliano.
A presença da marca no online e no varejo físico já é considerada uma estratégia básica para empresas, uma vez que elas precisam estar nos canais digitais para conseguir alcançar o público de forma efetiva. No entanto, é importante que os dois universos estejam integrados e alinhados. “O varejo físico tem muita relevância para a experiência de compra. Poder ver ao vivo um produto anteriormente visto no online, experimentá-lo, analisar a sua qualidade, são fatores decisivos na hora de comprar. Da mesma forma, quando ocorre o caminho com o cliente vendo primeiro na loja física, e depois comprando no online. Aderindo ao phygital, empresas oferecem experiências de compra fluidas e mais completas, marcando presença onde o cliente estiver, seja no e-commerce ou na loja do shopping, por exemplo”, explica Juliano.
Segundo dados da Adyen, empresa com serviços voltados a pagamentos, o varejo mundial perde cerca de US$ 4,1 bilhões por ano devido à ruptura na jornada de compra. O número mostra a importância dos negócios entenderem e aderirem à estratégia de prateleira infinita, que interliga estoques de fábricas, centros de distribuição, lojas virtuais e físicas, que acabam se tornando “hubs de distribuição” também. Assim, se um item estiver em falta em determinado ponto de venda, a prateleira infinita localiza onde está o produto disponível mais próximo e disponibiliza-o. “Para aplicar essa estratégia, é necessário investir em tecnologia e sistemas que possibilitem a integração do estoque e informações sobre vendas em tempo real”, pontua o especialista.
A loja física tem se tornado cada vez mais importante no processo de vendas online. Muitos clientes pesquisam na internet, mas querem ver o produto na vida real antes de comprá-lo. Muitas vezes, preferem realizar a compra de forma virtual e retirá-la no espaço físico da marca, evitando a espera pela entrega. Por isso, é importante investir na experiência do consumidor na loja física, oferecendo um ambiente agradável, com bom atendimento e produtos disponíveis para visualização e experimentação.
“A NBA é um exemplo de marca que investe em suas lojas físicas. Ano passado eles inauguraram uma loja conceito de 1.700 metros quadrados no Rio de Janeiro, a NBA Store Arena, que conta inclusive com uma quadra de basquete oficial, onde os clientes podem testar produtos. Outro exemplo é a Nike, que recentemente abriu uma loja, no Shopping Ibirapuera, em que oferece opções de produtos personalizados, experimentação de itens exclusivos de venda via e-commerce, serviço de logística reversa, transformando em novos produtos que seriam descartados, e serviço de styling exclusivo”, aponta Juliano.
A digitalização do varejo é fundamental para acompanhar as mudanças no comportamento do consumidor. Não basta apenas criar uma loja virtual, é preciso tornar-se digital. Isso significa incluir tecnologias e sistemas que possibilitem experiências de compras digitais no ponto físico, por exemplo, telas interativas, realidade aumentada e outras tecnologias, que permitam um contato entre os consumidores e os produtos de forma inovadora.
Outro exemplo de aplicação seriam os pontos “instagramáveis”, em que consumidores unem o mundo físico com o digital através de fotos nas lojas físicas que vão para as redes sociais. "Um exemplo dessa aplicação são os provadores exclusivos para consultoras da C&A. Locais bonitos, com iluminação diferenciada e redução de ruído, em que consultoras podem produzir conteúdo e divulgar produtos.”
Lojas conectando consumidores com a indústria é uma tendência que ganha força. Os varejistas têm a possibilidade de entender melhor o seu consumidor por meio de dados integrados em todos os canais de vendas, da loja virtual à loja física, em qualquer lugar do país. As informações podem produzir inteligência para melhorar o relacionamento entre as partes.
“Utilizando tecnologias de Big Data e Inteligência Artificial, é possível analisar os dados de vendas e de comportamento do consumidor para criar produtos personalizados e atender melhor às necessidades dos clientes, melhorando a experiência e prevendo o que eles possam querer comprar”, afirma Regis.
Por último, mas não menos importante, os negócios devem se manter atentos às novas gerações e seus hábitos de compra. Até o ano de 2030, estima-se que a geração Z será detentora de uma renda de US$ 33 trilhões, segundo pesquisa do Bank of America, e que, junto à geração Alpha, será cerca de metade da população, demonstrando a relevância de, desde já, atentar-se a essas gerações, seus interesses e impeditivos antes de comprar.
“As empresas que conseguirem entender as preferências desses consumidores e oferecer experiências que atendam às suas expectativas terão uma vantagem competitiva no mercado. Segundo estudos da consultoria GoAkira e a Fecomércio, 97% dos jovens possuem mídias sociais como principal fonte de inspiração na hora de consumir, e é também um público sempre em busca de experiências imersivas”, finaliza Juliano.
Sobre o Myrp
O Myrp é pioneiro como sistema de gestão empresarial em nuvem no país. Os empreendedores Tibério César Valcanaia, diretor técnico, e Reinaldo Pires de Oliveira, diretor comercial, idealizaram a tecnologia visando atender pequenas e médias empresas. Hoje, a versão Standard já é utilizada por mais de 30 mil clientes para os controles fiscal, de estoque, de vendas e financeiro de seus negócios. Em 2022, a empresa lançou oficialmente seu segundo produto, o Myrp Enterprise, um PDV exclusivo para grandes operações no varejo de moda. O sistema é baseado em três pilares: cloud (100% online), mobile (acessível em qualquer dispositivo) e omnichannel (um elo entre o varejo físico e o digital). O Enterprise já atende grandes corporações nos segmentos de logística, hotelaria e moda, esse seu principal foco de atuação. O Myrp faz parte do Grupo Inventti, uma das maiores empresas de mensageria fiscal do país, que atende clientes de renome nacional e global como Accor, Ambev, BMW, Carrefour, Hugo Boss, JBS, Louis Vuitton, Prada, Riachuelo e Swarovski.