31/05/2023 às 11h11min - Atualizada em 01/06/2023 às 00h01min
Uso do Pix como método de pagamento cresce significativamente em 2023, revela estudo
Apenas 2% dos entrevistados utilizam o Pix uma vez por mês, enquanto 25% o utilizam mais de 20 vezes
SALA DA NOTÍCIA Vagner Liberato Morini
Foto: Banco Central O uso do Pix como método de pagamento vem crescendo significativamente no Brasil, de acordo com um estudo realizado pela Capterra. Os resultados revelam que, em 2023, apenas 2% dos entrevistados utilizam o Pix uma vez por mês, enquanto 25% o utilizam mais de 20 vezes. Além disso, 34% dos entrevistados utilizam o Pix entre cinco a 10 vezes, 20% entre 11 e 20 vezes, e 19% de duas a quatro vezes.
Para a Capterra, esses números demonstram que o Pix está se consolidando como um importante método de pagamento, não apenas pela quantidade de chaves ativas, mas também pela frequência com que os usuários o empregam em sua rotina diária.
Uma das razões que podem justificar o aumento da frequência de uso é a ampliação da aceitação do Pix por parte das empresas. Estima-se que mais de 42% das pequenas empresas, como a
Dicas De Receita, tenham adotado o sistema como principal forma de recebimento de pagamentos. Além disso, no comércio eletrônico, o Pix já ocupa o segundo lugar como modalidade de pagamento mais utilizada.
O estudo também aponta que o principal uso do Pix é para realização de pagamentos, citado por 56% dos entrevistados. A segunda aplicação mais mencionada é a transferência entre contas, mas a Capterra destaca que, dependendo do destinatário, essa operação também pode ser considerada um pagamento.
Em relação ao momento em que os brasileiros adotaram o Pix, 42% dos entrevistados começaram a utilizá-lo já em 2020, enquanto 43% ingressaram no sistema em 2021 e 15% em 2022. Esses números indicam que o Pix rapidamente se consolidou como uma opção de pagamento ao lado de outros sistemas oferecidos por empresas privadas.
Um aspecto importante avaliado pelo estudo é a confiança dos brasileiros no Pix. Apesar do aumento de tentativas de golpes e relatos de roubos e transferências ilegais envolvendo o sistema, a confiança na ferramenta tem aumentado. Nos últimos 12 meses, 58% dos entrevistados indicaram um aumento de confiança, 39% mantiveram o mesmo nível e apenas 3% afirmaram ter perdido confiança.
Os entrevistados atribuíram o aumento de confiança a diferentes fatores. Para 52% deles, o crescimento no número de empresas que aceitam o Pix como forma de pagamento foi o principal motivo. Além disso, 37% mencionaram os novos recursos adicionados ao sistema, e 34% destacaram as medidas adotadas pelo Banco Central para aumentar a segurança do Pix.
No que diz respeito à segurança, as instituições financeiras estão tomando medidas adicionais para garantir a proteção dos usuários. De acordo com o estudo, 77% dos entrevistados perceberam que as organizações financeiras estão aumentando a segurança do Pix. As medidas mais citadas incluem a customização de limites de transação (57%), mais etapas de confirmação de transações (44%) e campanhas educativas sobre segurança (43%).
O estudo também apontou que a implementação de mais etapas de confirmação de transações, incluindo o uso de biometria facial, é considerada a medida mais eficiente para aumentar a segurança no uso do Pix, sendo aprovada por 78% dos entrevistados.
No entanto, o estudo revela que a possibilidade de golpes e vazamentos de dados ainda preocupa alguns usuários. 24% dos entrevistados afirmaram que deixariam de usar o sistema caso fossem vítimas de golpes, e 48% disseram que abandonariam o Pix em caso de vazamento de dados.
A Capterra destaca que crimes relacionados a golpes e fraudes devem ser tratados como uma questão de segurança pública, envolvendo a atuação de quadrilhas especializadas. Já a segurança em relação a vazamentos de dados está relacionada à responsabilidade das instituições financeiras em criar mecanismos eficientes para proteger as informações de seus clientes contra criminosos digitais.
Com base nos resultados do estudo, fica evidente que o Pix está se consolidando como uma opção popular e frequente de pagamento no Brasil. A confiança dos usuários no sistema está crescendo, mas a segurança continua sendo uma preocupação que demanda ações contínuas das instituições financeiras e das autoridades competentes.