24/05/2023 às 10h51min - Atualizada em 24/05/2023 às 10h51min

Manaus vai ampliar oferta da Profilaxia Pós-Exposição ao HIV

A PEP é uma medida de prevenção de urgência e consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV

Como o objetivo de implantar a profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP) na rede municipal de saúde, a Prefeitura de Manaus iniciou a capacitação de profissionais que atuam em quatro Unidades de Saúde: Ajuricaba (zona Oeste), Carmen Nicolau (zona Norte), Fábio do Couto Valle (zona Leste) e Doutor Luiz Montenegro (zona Sul).

 

A capacitação está sendo coordenada pela gerência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Gevep/Semsa) e pretende atingir 110 profissionais, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais e equipe de atendimento da recepção das unidades de saúde, divididos em quatro turmas.

A técnica responsável pelas ações de controle do HIV/Aids da gerência de Vigilância Epidemiológica, enfermeira Rita de Cássia Castro de Jesus, explicou que os profissionais selecionados para participar do curso já atuam em unidades de saúde que oferecem a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP).

“A implantação da PEP é uma forma de ampliar as ações de controle e prevenção ao HIV que a Prefeitura de Manaus já oferece para a população. As quatro unidades de saúde possuem uma estrutura específica de atendimento e a capacitação vai ajudar na construção de um fluxo interno para o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão para iniciar a oferta do serviço na rede municipal é no mês de julho”, informou Rita de Cássia.

A PEP é uma medida de prevenção de urgência e consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV, devendo ser utilizada quando ocorre uma situação em que exista risco de infecção.

Segundo Rita de Cássia, a recomendação para a PEP ocorre em três situações: PEP Ocupacional, quando ocorre acidente envolvendo instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico de risco envolvendo profissionais de saúde; PEP em caso de violência sexual; e a PEP a partir de relação sexual desprotegida (sem uso de preservativo ou quando há rompimento do preservativo).

“Com a capacitação dos profissionais da Semsa, as quatro unidades básicas de saúde irão oferecer a PEP especificamente nos casos em que há a relação sexual desprotegida, seguindo critérios de atendimento. No caso da PEP por violência sexual ou PEP ocupacional, já existe um fluxo de atendimento em outros serviços de saúde”, destacou Rita de Cássia.

A PEP deve ser iniciada com os medicamentos antirretrovirais em, no máximo, 72 horas após a exposição ao risco. O tratamento consiste em dois medicamentos que devem ser tomados diariamente por 28 dias. Após esse período, o acompanhamento na unidade de saúde continuará por mais seis meses até concluir se houve ou não a infecção.

“Se houver a infecção, o paciente segue o acompanhamento nos Serviços de Atenção Especializada ou nas unidades de saúde que realizam o manejo no tratamento do HIV. Não havendo infecção, o usuário é orientado sobre as diversas formas de prevenção combinada”, informou a enfermeira.


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