13/03/2023 às 18h06min - Atualizada em 14/03/2023 às 00h00min

Área onde ocorreu deslizamento de terra em Manaus não era monitorada pela prefeitura para possíveis tragédias

Segundo prefeitura, local era mapeado mas não fazia parte das áreas de "risco 4", ou seja, que tem risco iminente de desabar. e, por isso, tem monitoramento constante.

AMAZONAS
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Segundo prefeitura, local era mapeado mas não fazia parte das áreas de "risco 4", ou seja, que tem risco iminente de desabar. e, por isso, tem monitoramento constante. Área fica localizada no Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
Patrick Marques/g1
A área onde ocorreu um deslizamento de terra, que matou 8 pessoas na noite desse domingo (12), em Manaus, não era monitorada pela prefeitura da capital para possíveis tragédias.
Segundo a prefeitura, o local era mapeado, mas não fazia parte das áreas de "risco 4", ou seja, que tem o risco iminente de desabar e, por conta disso, recebem monitoramento constante pelos órgãos.
O deslizamento ocorreu na Comunidade Pingo D'água, no Jorge Teixeira, na Zona Leste da capital. Oito corpos foram retirados dos escombros, sendo quatro adultos e quatro crianças. Nove casas foram atingidas. As buscas por desaparecidos foram encerradas durante a manhã desta segunda (13).
Em toda Manaus, são 62 áreas de "risco 4", mas a Comunidade Pingo D'água não estava entre elas.
Deslizamento ocorreu durante a noite de domingo.
Patrick Marques/g1
A área, segundo a administração municipal, era considerada como de "risco 2", ou seja, oferecia risco, mas não imediato e nem com grande impacto porque a ocupação não existia até a metade de 2022 quando foi feita a última visita da prefeitura.
No entanto, a informação da prefeitura diverge das repassadas pelos moradores do local, que dizem que a comunidade existe há, pelo menos, cinco anos.
O caso
O deslizamento de terra ocorreu durante a noite de domingo (12), após a forte chuva que atingiu Manaus durante o dia.
Segundo o Prefeito de Manaus, David Almeida, no alto do barranco havia um lixeira viciada que, com a quantidade de água, pode ter sido fundamental para que a terra cedesse.
Até esta segunda, oito pessoas foram reconhecidas pelos familiares. São eles:
Jucicleia Barbosa de Lima, de 31 anos, foi identificada pela mãe, a aposentada Maria das Graças. A filha da vítima também morreu no deslizamento.
Heloiza Barbosa, de 7 anos, é filha de Julcicleia. A criança também foi retirada dos escombros e identificada pela avó, Maria das Graças. Mãe e filha serão veladas em uma igreja no bairro Jorge Teixeira, próximo ao local do deslizamento.
Cleberson Nunes Barbosa, de 34 anos, foi identificado pela família durante a madrugada.
Caleb Mendes Nunes, de 7 anos, foi encontrado morto no local. A vítima é filho de Cleberson. Pai e filho serão velados na Igreja Missionária de Aliança e Milagre, no bairro Jorge Teixeira, também nas proximidades de onde ocorreu a tragédia.
Rosmig Yelena Salazar, 43 anos, de origem venezuelana, morreu ao tentar sair da casa com o filho e sobrinhos.
Ilan Frango Corales, 35 anos, imigrante venezuelano, sobrinho de Rosming, morreu enquanto saía de casa com o filho. Morava na residência ao lado da tia.
Israel Jonniel Frango, 7 anos, filho de Ilan e sobrinho de Rosming, morreu enquanto saía de casa com o pai.
Dainelson Rosniel Alvorada, 4 anos, filho de Rosming, morreu ao lado da mãe, enquanto tentavam sair do local.
De acordo com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), quatro vítimas são de origem venezuelana e não foram identificadas oficialmente.
O Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) informou que vai usar toda a estrutura de identificação disponível e, também, vai solicitar o apoio da Polícia Federal (PF) para identificar as vítimas.
Desabrigados são levados para escola
Moradores que ficaram desabrigados após o deslizamento de terra serão alojados na Escola Municipal Helena Augusta Walcott, localizada na Avenida Itaúba, próximo ao local do deslizamento.
A Prefeitura de Manaus não informou quantas famílias serão abrigadas temporariamente no local.
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Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/03/13/area-onde-ocorreu-deslizamento-de-terra-em-manaus-nao-era-monitorada-pela-prefeitura-para-possiveis-tragedias.ghtml
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