23/11/2022 às 17h05min - Atualizada em 24/11/2022 às 00h08min
Hérnia de disco: especialista explica a cirurgia do jogador Alan Kardec
Dr. Mateus Tomaz, neurocirurgião explica em detalhes o procedimento realizado pelo atacante do Atlético-MG
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Divulgação No início deste mês, o atacante Alan Kardec, do Atlético-MG, foi submetido a uma cirurgia endoscópica para tratar uma hérnia de disco na coluna lombar. Pelas redes sociais, o atleta afirmou que, agora, está com foco total em sua recuperação para 2023. Para acalmar os torcedores que ficaram preocupados com a notícia, o neurocirurgião Mateus Tomaz esclarece algumas das principais dúvidas sobre o problema.
O especialista começa explicando que a hérnia de disco é o abaulamento ou a ruptura do disco intervertebral, que é a cartilagem que faz o amortecimento entre as vértebras da coluna. Quando esse disco sofre uma desidratação, ele pode se deformar, gerando um abaulamento, ou até mesmo se romper, gerando a chamada hérnia extrusa.
O tratamento de hérnia de disco é recomendado desde o início das dores, que costumam irradiar da região lombar para os membros inferiores. “Sempre que houver dor, o tratamento deve ser iniciado”, destaca Dr. Mateus. No princípio, o tratamento é conservador, com uso de medicamentos, fisioterapia e outras técnicas para tentar aliviar os sintomas. No entanto, se houver déficit motor, perda de força ou perda de sensibilidade em alguma parte do corpo, a cirurgia passa a ser indicada.
O tratamento cirúrgico tem duas formas: a cirurgia aberta convencional e a cirurgia por vídeo, também chamada de cirurgia endoscópica, que é mais moderna e tecnológica. A principal diferença é o tamanho do corte. Na cirurgia aberta, o corte é de 6 a 7 centímetros. Já na cirurgia por vídeo, o corte é de 5 a 7 milímetros, ou seja, menor que um centímetro. A recuperação da cirurgia por vídeo também é bem mais rápida e o retorno às atividades do dia a dia acontece mais cedo.
Dr. Mateus Tomaz ressalta, ainda, que a cirurgia endoscópica entrou no rol de procedimentos da ANS em 2021. Assim, todos os convênios são obrigados a cobrir o procedimento e os pacientes podem realizá-lo sem necessidade de pagamentos a médicos particulares.
Fonte:
Dr. Mateus Tomaz - Neurocirurgião
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