Foto: banco de imagensHá pouco mais de um ano o Open Banking, autorizado pelo Banco Central, chegou ao Brasil trazendo um conjunto de regras e tecnologias que permite o compartilhamento de dados e serviços de clientes entre instituições financeiras, por meio da integração de seus respectivos sistemas. Recentemente, na fase final de implementação, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a resolução que marca a transição do Open Banking para o Open Finance com abrangência de negócios.
Com a iniciativa, além do compartilhamento de dados e serviços relacionados a produtos bancários, também foram incluídas informações sobre outros serviços, como credenciamento, câmbio, investimentos, seguros, previdência e mais possibilidades de oferta de crédito e financiamento. O fato é que o Open Finance deve gerar grandes impactos tanto para o mercado financeiro, quanto para o consumidor.
O atual cenário empodera os clientes que podem usar produtos em múltiplas organizações e cria uma nova fase de competição entre as instituições financeiras. Com os usuários liberando o compartilhamento de dados, as organizações passam a poder se relacionar com um número ainda maior de consumidores, mesmo aqueles que nunca fizeram parte da sua carteira de clientes. Com isso, a tendência é que o ambiente de inovação de serviços e produtos cresça e a oferta de crédito passe a ter mais concorrência, já que diferentes empresas poderão oferecer condições atrativas, com taxa de juros reduzida para os consumidores que precisam de crédito no mercado.
Mas apesar de todos os benefícios, um ponto importante a ser abordado é: como o novo sistema funciona para os endividados, uma vez que, com toda transparência do compartilhamento de dados, o histórico financeiro fica disponível para consulta? Essa é uma questão de interesse da maior parte da população brasileira, já que em agosto de 2022, cerca de 79% dos brasileiros relataram estar inadimplentes. A inadimplência no país alcançou o nível mais alto desde 2010. Os dados são da última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
As formas de empréstimos são opções importantes para o devedor, principalmente para aqueles que não possuem uma educação financeira controlada. É importante entender que a inadimplência é um problema grave que afeta o Brasil e todos os outros países. Se tornar um inadimplente hoje inclui uma série de consequências negativas que vão além da vida financeira. É preciso entender o Open Finance como uma oportunidade de se reerguer e voltar para o azul.
