21/10/2022 às 22h04min - Atualizada em 22/10/2022 às 00h00min

Trechos onde pontes caíram na BR-319 devem ser liberados para trânsito de veículos até fim da semana, diz Dnit

Queda das estruturas tem afetado mais de 100 mil pessoas e provocado desabastecimento de alimentos e remédios em três municípios do estado.

AMAZONAS
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Queda das estruturas tem afetado mais de 100 mil pessoas e provocado desabastecimento de alimentos e remédios em três municípios do estado. Ainda não há data para o início das obras de reconstrução das pontes que caíram no Amazonas
Os trechos onde duas pontes caíram na BR-319 devem ser liberados para o trânsito de veículos até o fim de semana, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Dnit). A queda das estruturas tem afetado mais de 100 mil pessoas e provocado desabastecimento de alimentos e remédios em três municípios do estado.
Por meio de nota, o departamento informou que, ao longo desta semana, as ações estão focadas na execução do aterro sobre um bueiro triplo tubular, que integra o sistema de drenagem da travessia seca no rio Autaz-Mirim.
"Com a finalidade de proteger e garantir a integridade da tubulação, o aterro terá cerca 1,50 metro de altura acima das linhas de tubos. Até o final desta semana, esta etapa de implantação da passagem seca de 30 metros de extensão será concluída e a travessia poderá ser liberada", disse o Dnit.
O trecho do rio Autaz-Mirim foi aterrado para criar a passagem de veículos com 30 metros. Apesar de ainda não ter sido liberado, muitos veículos que passam pelo local já arriscam fazer a travessia por conta própria.
Aterro do Rio Autaz Mirim é uma alternativa para retomar a trafegabilidade na BR-319
Dnit
Para construção dos acessos, imóveis tiveram que ser retirados do caminho. A comerciante Edith Oliveira tinha um comércio bem onde o Dnit inciou as obras para a continuidade do tráfego da BR-319.
"Eu me senti muito triste. Chorei muito. Me tiraram, mas graças a Deus que eu ainda fiquei aqui na minha casinha", disse Edith.
Sobre a passagem sobre o rio Curuçá, o departamento informou que concluiu os acessos necessários para a atracação da balsa que irá realizar a travessia no trecho.
"Desta forma, ao finalizar a passagem seca, o Dnit restabelecerá por completo a trafegabilidade da rodovia, direcionando todos os esforços para a reconstrução das pontes", afirmou o departamento por meio de nota.
Queda de pontes
Em um intervalo de 10 dias, duas pontes desabaram na rodovia federal - a principal via de acesso terrestre do Amazonas para outras regiões do país:
No dia 28 de setembro, a ponte sobre o Rio Curuça despencou, deixando quatro pessoas mortas e mais de 10 feridas. Uma pessoa segue desaparecida.
Já no dia 8 de outubro, a apenas 2 quilômetros do local onde ocorreu o acidente, a ponte sobre o Rio Autaz Mirim desabou poucas horas após ser interditada. Ninguém ficou ferido.
As pontes Autaz Mirim e sobre o Rio Curuçá desabaram na BR-319, no Amazonas
Associação de Amigos e Defensores da BR-319/Divulgação e Wiliam Duarte/Rede Amazônica
Histórico e problemas
Criada durante a Ditadura Militar, a BR-319 surgiu com a proposta de integrar o Amazonas ao restante do país, mas sofre há décadas com falta de estrutura para tráfego. Durante a campanha eleitoral de 2018, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu asfaltá-la.
Passado mais de três anos e meio desde que Bolsonaro assumiu o cargo, a promessa de asfaltamento da BR-319 ainda não saiu do papel.
Questionado logo após a queda da ponte sobre o Rio Curuçá, o Ministério da Infraestrutura disse ao g1 que a declaração feita em 2019 por Bolsonaro "refere-se ao asfaltamento do lote C da BR-319/AM, que fica a aproximadamente 200 quilômetros do local do incidente [ponte sobre o Rio Curuçá]", embora o presidente e a pasta não tenham deixado isso claro à época.
"O trecho de 405 quilômetros conhecido como "trecho do meião" recebeu em 28 de julho a licença prévia ambiental para as obras de reconstrução e pavimentação. Emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o documento aprova os estudos e viabilidade ambiental das obras. O próximo passo é a licença de instalação, que permitirá a contratação da obra, de acordo com as especificações constantes nos planos, programas e projetos aprovados pelo Ibama", diz o restante da nota.
*Com informações de Daniela Branches, da Rede Amazônica
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Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2022/10/21/trechos-onde-pontes-cairam-na-br-319-devem-ser-liberados-para-transito-de-veiculos-ate-fim-da-semana-diz-dnit.ghtml
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