A verticalização das cidades desafia gestão e impulsiona demanda por soluções financeiras especializadas

Especialista aponta que adensamento urbano pressiona administradoras e amplia necessidade por ferramentas de crédito e gestão integrada

NICOLLE GARCIA
24/09/2025 17h04 - Atualizado há 4 horas
A verticalização das cidades desafia gestão e impulsiona demanda por soluções financeiras especializadas
Foto divulgação

Os números do novo Censo Condominial 2024/2025 escancaram um retrato do Brasil urbano: hoje, o país já soma mais de 520 mil condomínios ativos, impactando diretamente a vida de cerca de 80 milhões de pessoas. E a maior parte deles está concentrada nas regiões metropolitanas, onde o custo de vida é mais alto e os desafios de convivência e administração são cada vez mais complexos.

De vilas residenciais a prédios pequenos e grandes conjuntos residenciais, a rotina dos condomínios está longe de ser simples. Em meio a inadimplência, manutenção, obras, segurança e relações comunitárias, a gestão desses espaços tem exigido uma profissionalização crescente.

“Com a verticalização e o aumento da densidade urbana, surgiu um novo perfil de condomínio. São estruturas maiores, com mais moradores, mais demandas e orçamentos muito mais robustos”, explica Marcelo Assunção, especialista em soluções financeiras para o setor condominial e CEO da Wohpag.

Para ele, administrar um condomínio hoje, exige preparo, conhecimento técnico e, sobretudo, estrutura financeira adequada. “Os custos operacionais são mais altos e as variações na inadimplência impactam diretamente o caixa. Isso torna a previsibilidade financeira um grande desafio, que muitas vezes só pode ser enfrentado com acesso ao crédito”, diz.

“O condomínio deixou de ser apenas um lugar onde se mora. Ele passou a funcionar como uma pequena organização, com gestão de pessoal, orçamento, fornecedores, cobrança e até prestação de contas. Isso exige cada vez mais preparo dos síndicos e profissionalização das administradoras”, afirma Assunção.

E quando se fala em preparo, entra também o acesso a ferramentas de suporte financeiro. Não são raros os casos de condomínios que precisam de crédito para realizar obras emergenciais, trocar sistemas elétricos ou hidráulicos, instalar placas solares ou lidar com atrasos no pagamento de cotas condominiais.

“Hoje, as administradoras precisam de soluções integradas, que vão desde a cobrança automatizada até a antecipação de recebíveis. Sem isso, o risco de colapso financeiro é real, principalmente em prédios grandes, que movimentam valores expressivos mês a mês”, alerta.

Segundo dados de mercado, o crédito condominial tem sido um dos segmentos com maior crescimento dentro do setor imobiliário. A modalidade atende tanto pequenas reformas quanto obras estruturais e tem ganhado espaço como solução para o alívio do caixa condominial.

“É um setor que movimenta muito dinheiro e que historicamente ficou de fora das soluções financeiras tradicionais. Mas isso está mudando. Hoje já existe um esforço do mercado em desenvolver produtos sob medida para os condomínios”, analisa Assunção.

Além do crédito, soluções como plataformas bancárias exclusivas para administradoras, gestão digital de boletos, acompanhamento da inadimplência e sistemas de conciliação bancária são cada vez mais comuns, e necessários.

A própria Wohpag, onde Marcelo Assunção atua como CEO, nasceu com esse propósito: oferecer soluções específicas para o setor condominial. Além de descomplicar as operações, a empresa aposta no relacionamento com administradoras de condomínios como pilar de sua expansão. Com atendimento consultivo e soluções adaptadas às rotinas e necessidades locais, a estratégia é crescer por meio de parcerias, fortalecendo o elo entre a tecnologia e a gestão eficiente.

Com a continuidade do crescimento urbano nas capitais, a expectativa é que o número de condomínios continue aumentando. E isso significa mais pressão por eficiência, planejamento e inovação.: “A gestão condominial é naturalmente complexa, mas produtos existem para tornar tudo mais simples, direto e eficiente para quem está do outro lado da operação. Nossa missão é simplificar essa relação com o sistema bancário e entregar soluções práticas, que reduzam custos, eliminem etapas desnecessárias e ofereçam mais controle para administradoras e síndicos.”, afirma. “É aí que nossos produtos entram: como ferramentas que resolvem, agilizam e entregam valor no dia a dia.”

Ele destaca ainda, que os próximos anos devem consolidar uma revolução silenciosa na forma de viver e administrar condomínios, puxada pela tecnologia, pelos dados e pelo acesso a serviços financeiros mais justos e adequados. 


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NICOLLE GARCIA FERREIRA
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