20/07/2023 às 10h51min - Atualizada em 21/07/2023 às 00h02min

Bíblia e avião: como missionários buscam indígenas na Amazônia

Presença de grupos religiosos que atuam na evangelização de indígenas se intensificou durante governo Bolsonaro com ideologia conservadora e estratégias criticadas, como ofertas em dinheiro

Assessoria de Imprensa
Gleison Miranda/Funai

Por Tatiana Merlino, especial para O Joio e O Trigo e Repórter Brasil

 

Para controlar a situação, a Univaja entrou em 2020 com ação na Justiça Federal para pedir a expulsão de missionários que estavam fazendo operações em busca do povo Korubo, considerado de recente contato. 

Andrew Tonkin é processado por tentar entrar ilegalmente em terras indígenas onde vivem isolados . Foto: Reprodução/Facebook

De avião

Além de Tonkin, a Univaja também processou o missionário-piloto Wilson Kannenberg. Ele é ligado à norte-americana Asas de Socorro, uma organização cristã missionária que fornece apoio logístico, incluindo aviões, para áreas remotas. Kannenberg teria usado um hidroavião para acessar o Vale do Javari e tentar burlar a fiscalização que impede a entrada no território.

Asas de Socorro, uma organização cristã missionária que fornece apoio logístico, incluindo aviões, para áreas remotas. Foto: Reprodução/Asas do Socorro

Outro citado na ação movida pela Univaja e aceita pela Justiça Federal em Tabatinga (AM) é Josiah Mcintyre, da Ethnos360 – uma organização missionária americana ligada à Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB). 

Bíblia sem ambiguidade Após desembarcarem no país, os missionários aprendem os idiomas dos povos originários, produzem dicionários e gramáticas e usam esse conhecimento para traduzir a Bíblia e pregar para os indígenas em suas línguas nativas. Porém, sutilezas do livro sagrado acabam ficando de fora das traduções, avalia Everett. 


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