05/05/2023 às 21h46min - Atualizada em 06/05/2023 às 00h02min
Naufrágio do 'Comandante Sales' que deixou 48 mortos e desaparecidos completa 15 anos no AM
Além dos mortos, outras duas pessoas ficaram desaparecidos e corpos nunca foram encontrados.
AMAZONAS
https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/05/05/naufragio-do-comandante-sales-que-deixou-48-mortos-e-desaparecidos-completa-15-anos-no-am.ghtml
Além dos mortos, outras duas pessoas ficaram desaparecidos e corpos nunca foram encontrados. Naufrágio da embarcação 'Comandante Sales' que deixou 48 mortos completa 15 anos no AM
O naufrágio da embarcação Comandante Sales, que deixou 48 pessoas mortas, na região de Manacapuru, no interior do Amazonas, completou 15 anos, na quinta-feira (4). Além dos mortos, outras duas pessoas ficaram desaparecidas e os corpos nunca foram encontrados.
O comerciante Davi Silva vive quinze anos de saudade. Ele perdeu oito parentes no naufrágio do barco Comandante Sales, em 4 de maio de 2008."
A embarcação voltava de uma festa na comunidade Raimundo Souza, no lago do pesqueiro, quando o acidente aconteceu.
O barco começou a viagem de volta da festa logo ao amanhecer, saiu do lago e atravessou o Rio Solimões. Em um ponto da viagem, as águas desgovernaram a embarcação com a movimentação das mais de 120 pessoas que estavam a bordo.
Foram 10 dias de buscas até o registro de 48 mortos, entre eles, o dono da embarcação e dois desaparecidos.
O empresário Vacinar Sales desempenhou a difícil tarefa de transportar os parentes dos passageiros ao Instituto Médico Legal (IML), para a identificação dos corpos. Ele lembrou os momentos difíceis que viveu."
Luís Alves de Sales, que comandava a embarcação, foi o único a ser preso pelo acidente. Depois foi julgado e absolvido, apesar de constatada a falta de habilitação do condutor. Além disso, foi revelado que o barco Comandante Sales não tinha autorização da Capitania dos Portos para navegar.
De acordo com laudo pericial na época, o acidente teve como causas determinantes o excesso de pessoas a bordo, alterações estruturais realizadas sem o acompanhamento de um responsável técnico habilitado, a quantidade insuficiente de coletes salva-vidas e ausência de aparelho flutuante ou bóias.
Passados quinze anos, duas famílias seguem sem informações sobre o paradeiro de dois passageiros considerados desaparecidos no acidente.
Mesmo após a tragédia, nenhuma alteração nos procedimentos de fiscalização de superlotação foi feita nas embarcações que circulam pelo Rio Solimões.
*Com informações de Adauto Silva, da Rede Amazônica
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Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/05/05/naufragio-do-comandante-sales-que-deixou-48-mortos-e-desaparecidos-completa-15-anos-no-am.ghtml