02/05/2023 às 21h44min - Atualizada em 03/05/2023 às 00h00min

Imagens de satélites mostram avanço do desmatamento no Sul do AM em menos de um ano

Análises foram feitas em uma área de florestas preservadas na região, em novembro de 2022 e comparadas a março de 2023.

AMAZONAS
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Análises foram feitas em uma área de florestas preservadas na região, em novembro de 2022 e comparadas a março de 2023. Desmatamento na Amazônia cresce quase nove vezes em um ano
Imagens de satélites mostram o avanço do desmatamento no Sul do Amazonas, em menos de um ano. Análises foram feitas em uma área de florestas preservadas na região, em novembro de 2022 e comparadas a março de 2023.
Uma das imagens mostra a área de floresta preservada em Novo Aripuanã, no Sul do estado, em novembro de 2022. A imagem de satélite feita em março de 2023, mostra a mesma área após ter sido desmatada.
O mesmo acontece em uma floresta preservada em Apuí, também no sul do estado, no mesmo período de tempo. A imagem de satélite mostra que a área também já foi desmatada. As imagens retratam o aumento no desmatamento do Amazonas.
Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), mostram que a devastação no Amazonas passou de 12 quilômetros quadrados em março do ano passado para 104 quilômetros quadrados em março deste ano. Ou seja, quase nove vezes mais.
Esse resultado de março colocou o estado na liderança do desmatamento na Amazônia Legal, concentrando 30% de toda a devastação na região.
A situação mais crítica é no sul do estado, próximo a divisa com o Acre e Rondônia, na região de um forte polo agropecuário chamada de Amacro.
"Essa derrubada, ela ocorreu inclusive dentro de áreas protegidas, nos territórios indígenas. Como a terra indígena Yanomami que já vem sendo pressionada há alguns anos pelo desmatamento ilegal", informou a pesquisadora do Imazon, Bianca Santos.
Apuí, Novo Aripuanã e Lábrea respondem por 71% de toda a destruição registrada no estado em março. Apuí, inclusive, foi o município que mais derrubou a Amazônia em março, com 49 quilômetros quadrados devastados.
Reduzir os números é o desafio de órgãos ligados à fiscalização do meio ambiente, segundo a pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim.
"É necessário intensificar as ações de fiscalização em toda a região. Priorizando aqueles territórios que apresentam maior pressão em relação ao desmatamento. É necessário também identificar e punir os responsáveis e também embargar aquelas áreas que foram desmatadas ilegalmente", afirmou.
No Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), as informações de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre desmatamento e queimadas são monitoradas por meio de um telão.
Os dados são cruzados com outras bases de informações para determinar se os alertas são de fato ilegais. Em campo, equipes são acionadas para comprovar as práticas, aplicar multas e até embargar a área.
Para o ambientalista e diretor da WCS Brasil, Carlos Durigan, é preciso, além de combater os ilícitos ambientais, conscientizar e dar apoio aos produtores rurais sobre como melhorar a produtividade sobre áreas degradadas e encontrar o equilíbrio entre produção e conservação.
Plantar a semente da conservação é a intenção de um projeto do Instituto Soka em parceria com a Justiça do Amazonas. Para cada criança nascida na Maternidade Moura Tapajós, uma muda de árvore é plantada preferencialmente na zona urbana de Manaus. Desde 2017, mais de 15 mil mudas já foram plantadas.
*Com informações de Guilherme Fragas, da Rede Amazônica
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Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/05/02/imagens-de-satelites-mostram-avanco-do-desmatamento-no-sul-do-am-em-menos-de-um-ano.ghtml
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