09/12/2022 às 09h10min - Atualizada em 10/12/2022 às 00h09min
Vamos falar dos gramados?
Em tempos de Copa do Mundo, vale reforçar o importante papel dos gramados para garantir o sucesso da competição
SALA DA NOTÍCIA EBS
Divulgação Onze jogadores de cada lado, traves, chuteiras, juiz, bandeirinha, jogadores reservas, comissão técnica, torcida, muitos são os detalhes que envolvem uma partida de futebol. E nas últimas semanas, o Mundo tem se voltado para este tema já que estamos acompanhando mais uma Copa do Mundo de Futebol Masculino, que nesta edição está sendo realizada no Catar.
Existe um detalhe, no entanto, que apesar de ser de extrema importância para a realização do espetáculo, acaba passando despercebido por muitos, são eles: os gramados. Seja do ponto de vista técnico, ou estético, a condição da grama pode influenciar de forma significativa para o bom andamento da competição.
E não é de hoje que existe uma discussão em torno deste tema, sobre qual a melhor opção para os campos de futebol, se usar a grama natural ou artificial (sintética). No Brasil, apesar da maioria dos estádios ainda optarem pela grama natural, já existem alguns como é o caso do Allianz Parque, do Palmeiras e o Arena da Baixada, do Atlético Paranaense, que aderiram aos gramados artificiais. Além disso, há ainda uma terceira opção: os gramados híbridos, que misturam a natural com a artificial, uma solução que foi adotada pela Arena Corinthians, recentemente no Maracanã e que também é usada em alguns estádios europeus.
Mas e no Catar? Como são os gramados dos estádios que estão sediando a Copa do Mundo? Para a surpresa de muitos, todos 8 são híbridos e a grama natural utilizada é de origem “brasileira”, trata-se de uma variedade chamada “Platinum” melhoramento genético a partir da grama nativa do Brasil Paspalum vaginatum, que tem entre suas vantagens a tolerância a baixa umidade ao calor elevado, duas características marcantes do clima do Catar.
O curioso é que apesar de ser uma espécie brasileira, ela não é muito comum por aqui. No Brasil a maioria dos estádios utilizam variedades de grama “bermudas”, que é conhecida por ter um alto nível de regeneração, o que acaba sendo vantajoso já que o calendário do futebol brasileiro é bem extenso e acaba não sobrando muito tempo para o gramado descansar, entre um jogo e outro.
Natural X Artificial
O Engenheiro Agrônomo da Forth Jardim, Marcos Feliciano, explica algumas das principais diferenças entre a grama natural e a artificial. E um dos pontos que mais são levados em consideração na hora de escolher uma das duas opções, é sem dúvida os custos.
- Artificial: geralmente a aplicação de um gramado sintético envolve mais gastos do que se fosse um natural. Mas após ter feito o investimento inicial, o que muitas pessoas acham vantajoso nesta opção, é a redução do custo com irrigação, adubação, poda e controle de pragas ou doenças.
- Natural: cultivar um gramado natural inicialmente requer um investimento menor, a diferença é que para mantê-lo bonito e saudável é preciso manter os cuidados sempre em dia. Sua manutenção irá envolver desde: rega, cortes, irrigação, controle químico de pragas ou doenças e adubação. Um dos grandes diferenciais que ele oferece, no entanto, é sem dúvidas o contato com a natureza, a sensação de bem-estar e anergia que ele pode transmitir por ser uma matéria “viva”. Outra vantagem em relação ao artificial é que a temperatura é sempre menor, já no artificial ela pode ser até 7 °C maior do que a temperatura do ambiente, podendo até causar queimaduras.
“Um grande desafio dos gramados naturais é mantê-lo sempre verde. A boa notícia é que hoje no mercado nós já temos várias tecnologias à disposição, existe até um corante verde para gramados, uma “tinta verde”. Se a grama está seca devido o ataque um fungo ou praga e mesmo com os cuidados de rega e adubação não vão deixá-la bonita há tempo, a solução é pintar o gramado. Agora não tem mais desculpas para não ter um gramado sempre verde”, ressalta Marcos Feliciano da Forth Jardim.
E voltando ao futebol, onde os gramados são o grande palco onde os jogadores apresentam a sua arte, mais do que o aspecto verdinho e bonito, é preciso também considerar o bem-estar dos atletas. Alguns artigos científicos sobre o tema apontam que os gramados artificiais não reduzem o impacto tanto quanto os naturais, aumentando a quantidade de lesões de jogadores. A velocidade da bola na grama sintética, também é outra questão, pois ela acaba sendo maior do que na grama natural, dificultando mais o controle do jogador.
“A grama natural também tem um papel ecológico importante, permite a infiltração da água do solo, atua como um regulador de temperatura, melhora a umidade do ar, absorve CO2 e produz oxigênio, reduz a poluição, proporciona um ambiente natural e por consequência pode agregar valor aos imóveis, por exemplo. O gramado sintético com certeza tem seu espaço, mas seja nos campos de futebol, locais de eventos, ou residências, considerar esse contato mais próximo com a natureza e o tanto de benefícios que a grama natural pode trazer, é sempre uma boa opção”, conclui Marcos Feliciano.
Sobre a Forth Jardim
A Forth Jardim é uma empresa especializada no cuidado com as plantas, focada principalmente no segmento de Home & Garden e oferece soluções para finalidades específicas. Atuando há 23 anos, a marca é hoje uma das líderes de mercado e contribui de forma ativa para o crescimento do setor. A empresa conta com uma fábrica própria localizada na cidade de Cerquilho (SP), possui mais de 90 colaboradores e está presente em mais de 4.000 pontos de vendas em todo o Brasil. Em 2020, impulsionada principalmente pelo aumento do número de pessoas que passaram a se interessar em cultivar plantas em casa, a empresa aumentou o faturamento em 50% e mantém crescimento médio de 20% ao ano.
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