07/11/2022 às 14h23min - Atualizada em 08/11/2022 às 00h08min

Minas Gerais amplia acesso à população para medicamentos contra a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)   

Doença respiratória, crônica e sem cura atinge cerca de 6 milhões de pessoas no país e está associada ao tabagismo.

SALA DA NOTÍCIA Redação

 

O Estado de Minas Gerais saiu na frente na oferta de tratamento contra a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), uma enfermidade sem cura.  Após a consulta pública sobre atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), os medicamentos Trelegy (furoato de fluticasona/brometo de umeclidínio/trifenatato de vilanterol), Anoro (brometo de umeclidínio/trifenatato de vilanterol), Vanisto (brometo de umeclidínio) e Seretide (xinafoato de salmeterol + propionato de fluticasona), que integram a linha respiratória da farmacêutica GSK, foram incorporados.  

O PCDT, que ainda está em fase de implementação, fez Minas Gerais ser um dos primeiros estados a considerar tratamentos complementares às opções nacionalmente disponíveis, uma vez que o protocolo Estadual contempla outras opções de corticoide inalatório com broncodilatador (ICS/LABA), monoterapia com broncodilatador (LAMA isolado) e a terapia tripla fechada (ICS/LABA/LAMA), que é a combinação de corticoide inalatório com broncodilatadores. Como o PCDT abrange possibilidades para o tratamento de casos leves, moderados, graves e muito graves, a vitória é dos pacientes do Estado que sofrem de DPOC, que passarão a ter acesso a todos esses tratamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“A consulta pública foi um passo fundamental para avançarmos na promoção da saúde, principalmente para os pacientes que sofrem com uma doença crônica, incurável, mas que tem tratamento. Com esse protocolo inovador e amplo, as pessoas com DPOC terão acesso a uma terapia que representa uma oportunidade para levarem uma vida melhor, com qualidade”, conclui o médico pneumologista, Rodrigo Lima (CRM-MG 35558), especialista médico da GSK, médico pneumologista do Ambulatório de DPOC do Hospital Júlia Kubitscheck e ex-presidente da Sociedade Mineira de Pneumologia e Cirurgia Torácica.  

Para Gustavo San Martin, que representa a associação de pacientes Crônicos do Dia-a-Dia (CDD), a evolução e melhora da qualidade do tratamento de pessoas com DPOC dependem da participação social, que acontece por meio da Consulta Pública. Os pacientes são os protagonistas dessa história e precisam ser ouvidos. “O estado de Minas Gerais, assim como outros estados, mobilizou-se para a atualização das diretrizes do tratamento, um efeito positivo que também serviu de incentivo ao Ministério da Saúde a rever e atualizar o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas a nível federal, defasado, até então, em tempo e qualidade em quase uma década”, comemora.    

Após 8 anos, o Governo Federal, por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) também avaliou a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), onde houve incorporação de medicamentos da GSK e de outras farmacêuticas.Diferentemente de outras enfermidades e apesar da evolução da medicina, a DPOC representa a terceira causa de morte no mundo. A DPOC ocorre com frequência em pessoas acima de 50 anos e está associada à exposição ao fumo, poluição e gases tóxicos que provocam alterações progressivas na estrutura e função do pulmão, como enfisema pulmonar e bronquite crônica. 

Luiz Castilho, diretor de Acesso e Relações Governamentais da GSK, enfatiza a importância dessa conquista. “É fundamental priorizar e promover a saúde de ponta, oferecendo opções eficazes e modernas de tratamento para os pacientes com DPOC. O resultado dessa conquista é o mais benéfico possível para o paciente e para o Sistema Público de Saúde: a redução dos impactos causados pela doença na vida dos pacientes com a manutenção da sustentabilidade do Sistema Público de Saúde e a consequente melhora da qualidade de vida dos brasileiros." 


Abrangência da DPOC  

Segundo a OMS, cerca de 64 milhões de pessoas vivem com DPOC ao redor do mundo.6 Em 2019 a DPOC chegou a ser a terceira principal causa de morte globalmente.19 No Brasil, a doença atinge 6 milhões de pessoas. Deste total, estima-se que apenas 12% são diagnosticados e desses apenas 18% recebem o tratamento.

  

O tratamento medicamentoso   

Diferentemente de tomar um comprimido, na DPOC o paciente precisa realizar as manobras de inalação adequadamente e se adaptar aos dispositivos que contêm as medicações para atingir o efeito esperado.  A baixa adesão é comum e leva ao aumento das taxas de mortalidade, hospitalizações e gastos em saúde. Além disso, também pode resultar em aumento desnecessário da terapia, então uma terapia com inalador de fácil uso e regime de doses simplificado pode fazer grande diferença para o paciente.   

Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada. Entre as novas terapias recomendadas no protocolo de Minas Gerais estão contemplados diferentes tipos de dispositivos inalatórios. Segundo a literatura, é muito importante utilizar a técnica adequada para cada dispositivo para garantir um melhor aproveitamento da medicação.   

A biofarmacêutica GSK possui medicamentos para todas as gravidades da DPOC e estão contemplados neste PCDT em Minas Gerais. As medicações estão disponíveis pelo inalador Ellipta, como é o caso de Anoro, Trelegy e Vanisto, e pelo inalador em Spray, como é o caso do Seretide.  

Para as formas moderada a muito grave da doença, o medicamento Trelegy é uma das opções, trazendo como principal diferencial uma combinação de três moléculas - furoato de fluticasona, umeclidínio e vilanterol (Corticoide inalatório - ICS/ Beta 2-agonista de longa ação - LABA/ Antimuscarínico de longa ação - LAMA) - juntas em um único inalador utilizado apenas uma vez ao dia. Conforme mencionado, a dose única diária facilita a adesão ao tratamento, determinante para ajudar no controle da doença.  O uso da terapia também ajuda na redução da taxa de exacerbações moderadas ou graves (vs terapia da classe LAMA/LABA e ICS/LABA) e auxilia ainda na queda de hospitalizações e do risco de mortalidade por todas as causas (vs terapia da classe LAMA/LABA).  

Para contemplar outro perfil de pacientes com DPOC, o PCDT inclui o Anoro Ellipta como uma das opções, abordando o conceito de dupla broncodilatação, para dirimir os sintomas de falta de ar e cansaço típicos da doença.  Anoro Ellipta é uma combinação de dois broncodilatadores de longa ação: brometo de umeclidínio e trifenatato de vilanterol. A administração é feita por dispositivo inalatório uma única vez ao dia.  A terapia foi incluída no rol de medicamentos indicados pela CONITEC, fazendo parte então do PCDT federal que foi publicado no ano passado e é a primeira escolha na sua classe (LAMA/LABA).   

A DPOC é uma doença heterogênea, em que tanto as associações de medicamentos como monoterapias trazem benefício ao paciente; um broncodilatador isolado pode ser utilizado, como Vanisto (brometo de umeclidínio), também contemplado como uma das opções nesse protocolo. A classe medicamentosa de Vanisto, os antimuscarínicos, já é amplamente utilizada e recomendada pela diretriz nacional e internacional e já está disponível em protocolos terapêuticos de outras Secretarias Estaduais de Saúde como Goiás e Mato Grosso, por exemplo. Este produto possui indicação para o tratamento de manutenção da broncodilatação para alívio dos sintomas associados à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. A administração é feita por dispositivo inalatório, uma única vez ao dia.   

Por fim, é importante destacar que o protocolo de Minas Gerais pode ser considerado como um dos mais completos e atualizados do Brasil ao atender importantes demandas da sociedade relativas ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento da DPOC.  

  

 


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