O Dia Mundial e Nacional de combate à Osteoporose é lembrado no dia 20 de outubro, a data tem como objetivo a conscientização, prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença que pode ser entendida como uma patologia osteometabólica sistêmica, caracterizada pela redução na densidade e na qualidade óssea, e tem como consequência mais grave, a ocorrência de fraturas por fragilidade, particularmente no antebraço, coluna e no quadril.
A doença é silenciosa e atinge uma a cada três mulheres e um a cada cinco homens, com mais de 50 anos, sofrerão uma fratura devido à fragilidade óssea, é o que mostrou a estimativa realizada pela International Osteoporosis Foundation (IOF).
A ginecologista Adriana Orcesi Pedro, presidente da Comissão Nacional Especializada em Osteoporose da Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febrasgo), explica que “isso ocorre devido a vários fatores, destacando-se mudanças hormonais ocorridas na menopausa, pela parada da produção dos esteróides sexuais pelos ovários. No hipoestrogenismo, há um aumento do número e da sobrevida de osteoclastos, responsável pela reabsorção óssea, o que acarreta maior perda óssea predispondo a osteoporose e fratura por fragilidade”.
Diagnóstico
A médica da Febrasgo esclarece sobre a grande importância do diagnóstico precoce com a identificação de fatores de risco -- e, se indicado, a realização do exame de densitometria óssea. Uma vez diagnosticada, há uma variedade de tratamentos medicamentosos eficazes que deverão ser individualizados e contínuos.
As principais indicações para realizar densitometria óssea são:
Mulheres com idade ≥ 65 anos e homens com idade ≥70 anos;
Mulheres na pós-menopausa < 65 anos de idade e homens (50 a 70 anos)
com fatores de risco;
Adultos com fraturas de fragilidade;
Adultos com doença ou condição associada a perda de massa óssea;
Adultos em uso de medicações associadas com baixa massa óssea ou perda
óssea;
Pacientes onde a terapia farmacológica esteja sendo considerada;
Pacientes em tratamento, a fim de monitorar a eficácia da terapêutica.
Tratamento
O ginecologista e o obstetra têm um importante papel em promover a saúde óssea em fases da vida da mulher que requerem maior atenção e cuidado, consequentemente assumindo uma posição decisiva no diagnóstico, prevenção e tratamento da osteoporose.
“O tratamento deverá envolver cuidados como a orientação nutricional com ingestão de alimentos ricos em cálcio ou suplementação quando necessário, de acordo com as recomendações de adequação alimentar. A vitamina D deverá ser checada e suplementada quando necessário em pessoas de alto risco e naquelas que receberam tratamento farmacológico para osteoporose. A atividade física deverá ser realizada de forma persistente e progressiva, respeitando a capacidade motora e cardiovascular dos pacientes. Outras medidas são fundamentais, como as orientações para se evitar hábitos de vida danosos à saúde óssea e a prevenção de quedas” enfatiza a Dra. Adriana.
No paciente de alto para fratura, além das medidas gerais supracitadas, deverá receber o tratamento farmacológico com agentes antirreabsortivos que são efetivos em diminuir o risco de fratura.
Estimule Sua Saúde Óssea
Visando fazer um alerta, a Febrasgo participa da campanha criada pela IOF “Estimule Sua Saúde Óssea”, que tem como objetivo destacar a importância de um estilo de vida saudável como a base para a manutenção de ossos fortes e um futuro com mobilidade, livre de dependências e de fraturas por fragilidade.
Ferramenta para prevenção e detecção precoce
Preocupada com os fatores de risco que contribuem para ocorrência da doença, a IOF criou
uma ferramenta on-line para ajudar a população a conhecer os fatores de risco que podem predispor ao surgimento da doença -- o questionário de Verificação de Risco de Osteoporose. Trata-se de uma rápida e dinâmica enquete programada para combinar diferentes marcadores biológicos e de hábitos de vida a fim de alertar os indivíduos sobre os riscos para osteoporose e a necessidade de buscar orientação médica.
Vale ressaltar que o resultado chega por e-mail, e o paciente pode imprimi-lo e levá-lo ao seu médico para obter informações sobre diagnóstico, prevenção e tratamento. Os principais fatores de risco estão expostos a seguir.
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