Durante toda a história, as vacinas foram essenciais para a erradicação ou diminuição de doenças graves, como a varíola, o sarampo, a caxumba, a gripe, a poliomielite e a rubéola. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 3 milhões de vidas são salvas por ano no mundo graças à vacinação. Mais recentemente, a população mundial sofreu as consequências do coronavírus, com mais de 15 milhões de mortes. Com o avanço da ciência, as pessoas começaram a ser vacinadas em tempo recorde e, segundo um estudo publicado pela revista Lancet Infectious Diseases, em um ano foram evitadas cerca de 19,8 milhões de mortes.
No entanto, é necessário ter atenção redobrada com a questão da vacinação em crianças e adolescentes, já que menos da metade da população infantil brasileira completou o esquema vacinal contra a Covid-19. Além disso, a taxa de vacinação infantil para outras doenças está caindo rapidamente, o que faz surgir surtos de doenças antes erradicadas, como a poliomielite, que tem um primeiro caso no Brasil, depois de 33 anos.
Em apenas três anos, a cobertura de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice Viral D1) no Brasil caiu de 93,1%, em 2019, para 71,49%, em 2021. A cobertura da vacinação contra poliomielite também caiu no mesmo período: de 84,2% para 67,7%, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgados em abril.
Com o principal objetivo de divulgar, reforçar e promover a importância da vacinação, o Brasil comemora, em 17 de outubro, o Dia Nacional da Vacinação. Pensando nisso, o Lunetas, espaço 100% dedicado à reflexão sobre as infâncias, lista 4 motivos para não deixar de vacinar os pequenos.
Previne casos graves e mortes
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a vacinação é a única alternativa real de controle e prevenção de casos graves e mortes pela Covid-19, além de prevenir contra doenças existentes e até então aquelas erradicadas e que estão retornando ao território nacional. No caso específico desta doença, as vacinas que estão no mercado já foram verificadas como de elevada eficácia, não apenas nos estudos clínicos controlados, como também em experiências de mundo real.
É um direito previsto na lei!
A vacinação das crianças é um direito assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Sendo assim, pais ou responsáveis que não levarem os filhos para atualizar a carteirinha de vacinação podem ser denunciados ao Conselho Tutelar e responsabilizados legalmente, sob o risco de pagamento de multa e até mesmo a perda da guarda da criança.
A proteção é coletiva
Para que a sociedade consiga efetivamente retornar à vida normal é importante que todos se comprometam em se esforçar ao máximo para evitar a proliferação do vírus. Sendo assim, a imunização da população infantil e juvenil é essencial para reduzir a circulação do vírus e o surgimento de novas variantes, evitando assim uma nova crise sanitária.
Os benefícios superam os riscos
De acordo com um estudo publicado na revista The Lancet, o fato de haver menos casos graves entre crianças não quer dizer que elas devem ser negligenciadas, ainda mais se existem recursos para protegê-las. Já foi comprovado cientificamente que a vacinação não altera o DNA das crianças e não foram observados casos de miocardite (um tipo de inflamação cardíaca) pós-vacinação em crianças de 5 a 11 anos.
Sobre o Portal Lunetas
Criado em 2018, com o apoio do Instituto Alana, organização da sociedade civil sem fins lucrativos, o Lunetas nasceu com o principal objetivo de ser um espaço de informação e reflexão sobre as múltiplas infâncias, colocando a criança como um sujeito pleno de experiências e direitos. Atualmente, são mais de 700 mil seguidores no Facebook, 30 milhões de visualizações no site, 94 mil seguidores no Instagram e 500 mil visualizações no YouTube; além do apoio de instituições como ONU, Unicef e Greenpeace. O Lunetas tem parceiros como Porvir e A Taba, e colunistas como Alexandre Coimbra Amaral, Viviana Santiago, Juliana Prates, Renato Noguera e Mariana Rosa.