29/04/2022 às 17h43min - Atualizada em 29/04/2022 às 19h10min

Entenda a importância da bieleta: componente do sistema de suspensão frontal do veículo

Especialista do Grupo Universal Automotive Systems alerta sobre os cuidados ao realizar a manutenção

SALA DA NOTÍCIA Rodrigo Freitas
Divulgação

Componente fundamental para manter a estabilidade e uma boa dirigibilidade dos veículos, a bieleta é o elo de ligação e o fusível existente entre a barra tensora e a suspensão do veículo, ligando os dois conjuntos da suspensão frontal (telescópico direito e esquerdo).

A bieleta auxilia na transmissão de movimentos oriundos da caixa de direção e absorção dos impactos e da força vinda do solo, com o intuito de manter sempre as duas rodas frontais posicionadas, e em contato com o solo, para melhor aderência dos pneus, mantendo assim uma melhor estabilidade para que o motorista guie o veículo.

De acordo com Fábio Waldomero, engenheiro e coordenador do Centro Tecnológico de Formação (CTF) do Grupo Universal Automotive Systems, as bieletas não estão presentes em todas as versões de suspensão dos veículos, variando de modelos e estruturas desenvolvidas pelas montadoras.  “Em alguns modelos a bieleta é substituída por buchas ou suportes de fixação da barra tensora. Por exemplo, é muito comum em veículos da linha GM, como Corsa Classic, Celta e Agile. Em outros veículos, pode-se encontrar sua barra estabilizadora fixada diretamente na bandeja ou no braço da suspensão”, explica o engenheiro.

 

Quando substituir as bieletas

O desgaste natural do uso, imperfeições do solo com buracos, irregularidades e os quebra-molas, popularmente conhecidos como lombadas, lomba, ondulação transversal ou tartarugas, são os principais vilões da bieleta.  O excesso de folgas existentes em seu conjunto esférico ou birro poderá gerar grandes ruídos no sistema de suspensão, gerando incômodo ao condutor ao guiar o veículo.

Outro ponto importante a ser notado quando pensar em substituição é a lubrificação dos componentes internos, sempre a ser realizado por meio de um lubrificante especial para função (processo realizado somente em sua fabricação) e protegido por meio de uma coifa, para não entrar qualquer tipo de detritos ou sujeiras no mesmo. Por manter o sistema protegido, a coifa jamais poderá ser rompida, perfurada ou rasgada, pois assim perderá sua função, reduzindo a vida útil ou o tempo de utilização do produto.

Sempre ao realizar um tranco no sistema de suspensão, após passar por um buraco ou por uma pedra, madeira ou saliência do asfalto, é importante verificar se a haste ou corpo da bieleta não foi danificado, envergado ou rompido em suas junções. Com o corpo envergado a bieleta irá trabalhar totalmente tensionada e desequilibrada, podendo fazer que a direção do veículo seja levemente jogada para um dos lados, mesmo andando em linha reta. Já se o corpo da bieleta tiver qualquer rompimento, o carro perderá consideravelmente o poder de estabilidade principalmente quando passar de 60km/h, podendo prejudicar os demais componentes do automóvel com sua soltura e até ser causadora de um acidente.    

 

Procedimento de substituição

O procedimento de substituição das bieletas é simples, mas requer que seja realizada por uma mão de obra especializada e com ferramentas adequadas para a função. Ao realizar a substituição do conjunto, para a soltura, não há problemas de ser realizada por meio de ferramentas elétricas ou pneumáticas, mas para montagem e fixação dos componentes, é indicado que o processo seja realizado somente por ferramentas manuais como chaves fixa, estrela e torx, com seu aperto final sendo realizado principalmente por torquímetro de relógios digital ou analógicos.

Caso a pessoa não tenha o torquímetro para aperto, é fundamental realizar o mesmo procedimento manualmente, com aperto de 45° à 60° do parafuso ou porca no conjunto, após apontar e juntar o conjunto.

Jamais deve-se utilizar o pé para fixação final do conjunto (pisando e subindo na ferramenta de aperto). O uso de parafusadeiras pneumáticas ou elétricas poderá danificar a estrutura do parafuso ou porca do produto, amassando os filetes de rosca do conjunto ou rompendo o corpo roscado em virtude das vibrações da ferramenta ou o torque do mesmo sem o controle preciso.

“Para aperto dos parafusos, é recomendado que seja realizado um torque com variação de ±10%. Para os parafusos M8 ou 5/16” utilizar torque de 25Nm (22,5Nm à 27,5Nm) e para parafusos M10 ou 3/8” sempre deve utilizar torque de 50Nm (45Nm à 55Nm)”, explica Waldomero.

Para substituição das bieletas, o Grupo Universal Automotive Systems por meio do seu CTF (Centro Tecnológico de Formação) disponibiliza um vídeo técnico com o passo a passo para substituição correta do componente. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EMMuMeghoHc&t=1s.


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