Alcançar níveis cada vez mais altos de humanização nos ambientes hospitalares passa também pelos trilhos da Educação e de valorização ostensiva dos aspectos culturais na área da saúde. Partindo desse princípio, o fundador da Associação Viva e Deixe Viver, Valdir Cimino, destaca sua preocupação com o processo de desumanização latente na sociedade e levará esse debate para o Encontro ABDEH-SP, promovido pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar.
Com o tema “A Arte de contar histórias humanizando os âmbitos da saúde e educação”, será realizado no próximo dia 7 de abril, marcando o retorno da entidade aos eventos presenciais após dois anos suspensos devido à pandemia de Covid-19. Além de Valdir Cimino, a médica pediatra Marisol Sendin, terapeuta comportamental cognitiva e coordenadora do Instituto de Psiquiatria HCFMUS, também fará palestra em torno do tema da humanização hospitalar.
O fundador da Viva ressalta a importância da busca de soluções para humanizar hospitais públicos e privados e o resgate das boas práticas humanizadas e de atendimento. “A pandemia nos fez refletir e reavaliar os conceitos que tínhamos sobre esse conceito de humanização, cujo significado me parece tão profundo quanto o do amor. Tudo o que passamos nos fez olhar para nós mesmos e perceber o quanto podemos doar para o outro e para tornar esse mundo melhor a partir de gestos nossos”, afirma.
O papel da arquitetura - Para Antônio Carlos Rodrigues, diretor-regional da ABDEH-SP, muito se fala em empatia no ambiente de saúde, mas considera a questão infantil nos hospitais ainda muito estereotipada. O evento, segundo ele, tem o intuito de chamar a atenção de profissionais envolvidos com a construção desses ambientes para outros aspectos que podem influenciar na cura das crianças. “A ludicidade não é apenas sobre um cenário. A criança é muito mais perspicaz do que isso. Espaços lúdicos passam também por deixar espaços abertos para contar uma história, sentar à altura da criança, oferecer contato com a natureza por meio de plantas etc.”, reflete.
Rodrigues enfatiza ainda a importância de contar aos profissionais envolvidos - como gestores, enfermeiros, dentre outros - que essas possibilidades existem na arquitetura dos hospitais. “Teremos depoimentos do quanto tudo isso impacta na saúde, as contações de histórias, a importância do cenário, de uma brinquedoteca. Pensar na subjetividade e não apenas na objetividade. Não somos só protocolos e equipamentos”, declarou.
Para inscrever-se, basta clicar no link , onde os associados pagam uma taxa simbólica de R$ 5, os não associados R$ 20 e estudantes R$ 10. Todos pagam uma taxa excedente de R$ 2,50.
Serviço:
Dia: Quinta-feira (07)
Hora: 18h30
Local: Avenida Ipiranga, 344. 35º andar (Teto Móveis) – Terraço Itália.
*O local pede apresentação do cartão de vacinação contra Covid-19
* Recomenda-se o uso de máscara durante o evento