O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), entregou, nesta quarta-feira (16), reservatório de contenção na bacia do Córrego Aricanduva, na cidade de São Paulo (SP). O projeto é parte do complexo de obras de infraestrutura que vêm sendo executadas para a contenção de cheias na Zona Leste da capital paulista. O ministro Rogério Marinho e o secretário Nacional de Saneamento, Pedro Maranhão, participaram da cerimônia de entrega.
"Em apenas um ano de Marco do Saneamento, nós saltamos 1000% em investimentos no tratamento de água e esgoto no Brasil. Saímos de R$ 4,5 bilhões para quase R$ 50 bilhões. Mais de 10 vezes. Estamos investindo na saúde da população brasileira, para reduzir a mortalidade infantil e para que a indústria, o comércio e a logística se estabeleçam nos lugares mais distantes, com água e esgoto tratados", destacou o ministro Rogério Marinho.
O secretário Nacional de Saneamento, Pedro Maranhão, ressaltou a importância da obra no Aricanduva, que tem resolvido um problema crônico da Zona Leste da cidade de São Paulo. "Essa região toda alagava e, agora, já não alaga mais. Esta obra é fundamental para o desenvolvimento, tanto da cidade quanto do pessoal que mora na região. Agora, mesmo com muita chuva, não tem alagamento, porque essa obra faz a contenção do volume de água despejada no Taboão e no Aricanduva", explicou.
Segundo o presidente do Conselho Comunitário de Segurança da Vila Formosa, Rogério de Moura, as obras atendem a uma demanda antiga da população da região, que sofria com muitas enchentes.
"É uma das carências da região. Nós temos muitos problemas de enchentes e infraestrutura. Espero que, com essa obra, isso seja atenuado. Ainda há muito a ser feito, mas creio que estamos caminhando. Significa muita coisa, significa que há coisas sendo feitas. Essa questão sempre foi um problema crônico aqui", afirmou.
O Reservatório Taboão tem capacidade para acumular até 150 mil m³ e é do tipo off-line. Isso significa que ele capta o excesso de água e opera em paralelo ao córrego. Quando o curso d’água ultrapassa um determinado nível de cheia, o recurso hídrico passa para o reservatório. Geralmente, os piscinões desse tipo são mais fundos do que o nível da rua e é necessário o uso de bombas para que a água volte ao córrego.
As intervenções de drenagem para controle de enchentes na região do Córrego Aricanduva contemplam ainda outras estruturas com a função de amortecer as vazões de cheias e reduzir os riscos de inundações a jusante. São elas: quatro reservatórios de pequeno porte para drenagem de águas baixas; implantação do reservatório de amortecimento dos Machados; alteamento das pontes Manilha e Itaquera; readequação e prolongamento do sistema viário da Avenida Arquiteto Vilanova Artigas; implantação de três parques lineares e urbanização das áreas próximas; readequação de margens com parques lineares; e readequação de estruturas de extravasão de águas em quatro reservatórios. O investimento total do Governo Federal será de R$ 296 milhões, dos quais R$ 54,6 milhões já foram repassados.
O objetivo de todas essas intervenções é minimizar e reduzir as inundações que ocorrem nos períodos de cheias, administrando os eventos de chuvas de grande magnitude, com ações e soluções de engenharia que melhorem a qualidade de vida e reduzam os riscos de vida da população local.
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