Dia Internacional do Idoso: desafios e caminhos para uma longevidade financeira digna

Pesquisa revela que 70% dos idosos consideram a aposentadoria insuficiente; especialista aponta caminhos para garantir dignidade financeira na velhice

PATRICK BRYAN FERREIRA NASCIMENTO BACKSTAGE ASSESSORIA
22/09/2025 12h15 - Atualizado há 9 horas
Dia Internacional do Idoso: desafios e caminhos para uma longevidade financeira digna
Guto Moizés, divulgação
 

O Dia Internacional do Idoso, celebrado em 1º de outubro, reforça a necessidade urgente de debater o cenário financeiro da terceira idade no Brasil. Questões como aposentadoria, previdência e investimentos estão no centro das preocupações de milhões de idosos que buscam manter a dignidade e a qualidade de vida na velhice.

Pesquisas recentes revelam um panorama desafiador. Segundo levantamento do Serasa, 70% dos idosos brasileiros acreditam que o valor da aposentadoria não é suficiente para viver dignamente, enquanto 58% afirmam que não conseguiram se planejar financeiramente para esta fase da vida. Outro dado alarmante mostra que mais de 14 milhões de idosos estão inadimplentes no país. Embora a cobertura previdenciária alcance 83,4% da população com 60 anos ou mais, muitos ainda dependem exclusivamente do benefício público, que em diversos casos não cobre despesas básicas, como saúde e moradia. Além disso, a previdência privada, que poderia complementar a renda, ainda é pouco utilizada: apenas cerca de 3% dos aposentados têm esse recurso como principal fonte de sustento.

Para o consultor financeiro Guto Moizés, CFP®, o problema está no atraso em iniciar o planejamento financeiro. “A longevidade financeira não se constrói durante a aposentadoria — ela começa anos antes, no planejamento, nas escolhas de poupança, no controle das dívidas. Investir em previdência privada ou em aplicações de renda fixa com horizonte longo pode parecer algo distante, mas são instrumentos fundamentais para evitar a dependência exclusiva do INSS ou da família”, afirma.

Mesmo para quem já chegou à terceira idade, Guto reforça que nunca é tarde para rever estratégias: “É possível analisar investimentos existentes, cortar custos de taxas e impostos e buscar alternativas de renda passiva. O importante é agir com conhecimento e cautela.” O desafio, portanto, é coletivo. De um lado, é essencial promover a educação financeira entre os idosos, para que possam tomar decisões mais conscientes. De outro, políticas públicas mais robustas são necessárias para garantir suporte previdenciário adequado, além de incentivar a permanência ou reinserção de quem deseja seguir ativo no mercado de trabalho.

Neste Dia Internacional do Idoso, a mensagem é clara: envelhecer com tranquilidade depende de prevenção, educação e planejamento. Ao unir esforços de indivíduos, famílias, instituições financeiras e do poder público, é possível transformar a longevidade em sinônimo de qualidade de vida e não de preocupação financeira.


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