Você perdoaria? Estudo mostra que 4 em cada 10 pessoas dizem sim ao se deparar com casos de infidelidade

Um relatório global de Ashley Madison analisa o que leva os casais à infidelidade, o percentual de pessoas que perdoariam o parceiro e o impacto da cultura pop no debate sobre a monogamia.

Sherlock Communications
04/07/2025 11h05 - Atualizado há 11 horas
Você perdoaria? Estudo mostra que 4 em cada 10 pessoas dizem sim ao se deparar com casos de infidelidade
Creative Commons License (Vera Arsic)

Um novo relatório de Ashley Madison, a plataforma líder em relacionamentos extraconjugais, em parceria com a YouGov, revelou uma transformação significativa na maneira como as pessoas percebem e lidam com a infidelidade dentro de seus relacionamentos. O estudo, que analisa comportamentos e opiniões em escala global, destacou quais questões que levam à infidelidade, como:  satisfação emocional com seu parceiro, busca por novidades e o impacto que a cultura pop tem na formação de opiniões sobre monogamia nos dias de hoje.

Olhando para os entrevistados no Brasil, os dados mostram que 32% dos homens e 23% das mulheres admitem já terem sido infiéis em algum relacionamento. As motivações para isso variam: entre os homens, "experimentar algo novo" foi a razão mais mencionada, enquanto as mulheres apontaram a falta de atenção e afeto como principal motivo. Uma curiosidade é que quase um quinto dos brasileiros acredita que a infidelidade pode até melhorar o relacionamento principal, trazendo mais empolgação e redescobrindo o desejo pelo seu parceiro ou parceira.

O Brasil também se destaca pela abertura ao perdoar uma traição. O levantamento aponta que, 43% dos brasileiros afirmam que seriam capazes de perdoar um parceiro infiel, índice superior à média global que teve 34%. As mulheres brasileiras demonstram maior tendência ao perdão, com 46% delas afirmando que dariam uma segunda chance para seu parceiro, em comparação com os homens que aparecem com 6% a menos nesse quesito.

Globalmente, 29% das pessoas em relacionamentos monogâmicos admitem terem sido infiéis em algum momento, sendo a falta de satisfação sexual, buscar novas experiências e a falta de conexão emocional as razões mais comuns ente os entrevistados. Entre os membros do Ashley Madison, 63% relataram que a infidelidade teve um impacto positivo em suas vidas, ajudando-os a se sentirem mais satisfeitos emocional e sexualmente com seus parceiros.

A cultura Pop também tem seu papel e importância para as mudanças na forma que a monogamia é vista. "Big Little Lies" e "The Affair", que de forma recorrente exploram o tema da infidelidade, ajudam a criar uma nova forma de se olhar para isso. Porém, quase 50% dos entrevistados acredita que as representações na mídia exageram nos aspectos negativos, enquanto apenas 12% as consideram realistas.

Uma transformação notável no cenário global é o crescente protagonismo feminino. Segundo a Dra. Tammy Nelson, autora de Open Monogamy, “as mulheres modernas estão menos dispostas a aceitar insatisfação sexual e emocional, sendo mais independentes na busca por satisfação pessoal. Elas estão desafiando normas tradicionais de relacionamento e considerando parceiros alternativos como uma forma de preencher lacunas em suas vidas amorosas”.

Os dados também apontam que, para alguns, a infidelidade pode trazer benefícios indiretos aos relacionamentos primários. Cerca de 21% dos entrevistados afirmam que conexões extraconjugais os ajudaram a valorizar mais seus parceiros originais, enquanto 18% mencionaram que se tornaram mais abertos sobre suas necessidades emocionais.

A tecnologia também ganhou seu protagonismo quando o assunto é o aumento da infidelidade, já que o estudo apontou que a facilidade e praticidade trazida pelo mundo digital nesse aspecto. O estudo também apontou a tensão trazida pela pandemia de COVID-19 e uma abordagem mais aberta à monogamia como fatores que também precisam ser levados em consideração

O estudo do Ashley Madison e da YouGov destaca que, enquanto o estigma sobre a infidelidade ainda persiste, há uma maior aceitação de que cada relacionamento possui dinâmicas únicas. Para muitos, a traição não representa o fim, mas sim uma oportunidade de redescoberta pessoal e relacional.

*As estatísticas são baseadas em pesquisas conduzidas pela YouGov Plc e Ashley Madison entre 2019 e 2024, com amostras variando de 1.090 a 17.096 adultos em dez países, incluindo Brasil, EUA, Alemanha e México. As pesquisas foram realizadas online, com dados ponderados para representar adultos com 18 anos ou mais. Os estudos abordaram temas como infidelidade, satisfação relacional e comportamentos em relacionamentos. Fontes adicionais incluem artigos científicos e levantamentos específicos com membros da Ashley Madison.


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PATRICIA SERENO ZYLBERMAN
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