Anac suspende operações aéreas da Voepass por violações nas condições de segurança

Segundo nota publicada pela Agência, a suspensão é de caráter cautelar, e valerá até que a empresa faça a “correção de irregularidades”

11/03/2025 09h31 - Atualizado há 1 dia
Anac suspende operações aéreas da Voepass por violações nas condições de segurança
Foto Divulgação

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu, na manhã desta terça-feira (11/03), as operações da Voepass. Em nota, a Anac informou que a decisão acontece por conta de violações nas condições de segurança estabelecidas pela agência.Ainda segundo a publicação, a suspensão é de caráter cautelar, e valerá até que seja comprovada a “correção de não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão da empresa previstos em regulamento”.

A empresa já teve rota triangular de Manaus (MAO) para Tefé (TFF) e Santa Isabel do Rio Negro (IRZ), no Amazonas, duas vezes por semana. Nesta terça-feira, teve um voo de Manaus para Porto Urucu cancelado, de acordo com informação no site do Aeroporto Internacional de Manaus.

 

De acordo com a agência, após o acidente aéreo de agosto de 2024, na cidade de Vinhedo, interior de São Paulo, houve a implementação de uma operação de fiscalização da Anac nas instalações da empresa de transporte aéreo.

Durante a operação, funcionários da agência estiveram presentes nas bases de operação e manutenção da Voepass, a fim de verificar e garantir o nível de segurança das operações.

Segundo a nota, em outubro de 2024, medidas como a redução da malha, aumento do tempo de solo para manutenção, troca de administradores e planos para correlçoes de irregularidades nas aeronaves foram exigidas pela agência.

Porém, no fim do mês passado, após uma nova rodada de vistorias, foi identificada “a degradação da eficiência do sistema de gestão da empresa em relação às atividades monitoradas e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela Agência”, informou a Anac.

A Anac orientou os passageiros afetados pelos cancelamentos dos voos a procurar a empresa ou a agência de viagens responsável pela passagem, para realizar o reembolso ou a reacomodação para outras companhias aéreas.

Atualmente, a Voepass, formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas, conta com seis aeronaves e tem operação em 15 localidades diferentes, com voos comerciais e contratos de fretamento.

A Voepass rebateu a suspensão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) dos voos da companhia aérea por falta de segurança nas operações e afirmou que sua frota é “aeronavegável e apta a realizar voos seguindo as rigorosas exigências de padrões de segurança”. A suspensão vai vigorar até que se comprove a correção de não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão da empresa previstos em regulamentos.

“A companhia reitera que sua frota em operação é aeronavegável e apta a realizar voos seguindo as rigorosas exigências de padrões de segurança. Essa decisão tem um impacto imensurável para milhares de brasileiros que utilizam a aviação regional todos os dias e contam com seu serviço, por isso, colocará todos seus esforços para retomar a operação o mais breve possível”, diz a companhia em nota.

Veja a nota publicada pela Assessoria de Comunicação da Anac:

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu, em caráter cautelar, a partir desta terça-feira, 11 de março, as operações aéreas da Voepass, formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas. A suspensão vigorará até que se comprove a correção de não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão da empresa previstos em regulamentos.

Os passageiros que foram atingidos pelo cancelamento de voos da Voepass deverão procurar a empresa ou agência de viagem responsável pela venda do bilhete para efeito de reembolso ou reacomodação em outras companhias.

A Voepass conta atualmente com seis aeronaves. A operação inclui 15 localidades com voos comerciais e duas com contratos de fretamento.

A decisão da Anac decorre da incapacidade da Voepass em solucionar irregularidades identificadas no curso da supervisão realizada pela Agência, bem como da violação das condicionantes estabelecidas anteriormente para a continuidade da operação dentro dos padrões de segurança exigidos.

Com a ocorrência do acidente aéreo no dia 9 de agosto de 2024 em Vinhedo (SP), houve a implantação de uma operação assistida de fiscalização da Anac nas instalações da Voepass. Servidores da Agência estiveram presentes nas bases de operação e manutenção da empresa para verificar as condições necessárias para a garantia do nível adequado de segurança das operações.

Em outubro de 2024, foram exigidas pela Anac medidas como redução da malha, aumento do tempo de solo das aeronaves com vistas à manutenção, troca de administradores e execução do plano de ações para as correções das irregularidades.

No final de fevereiro de 2025, após nova rodada de auditorias, foi identificada a degradação da eficiência do sistema de gestão da empresa em relação às atividades monitoradas e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela Agência.

Além disso, foi constatada a reincidência de irregularidades apontadas e consideradas sanadas pela Agência nas ações de vigilância e fiscalização anteriores e a falta de efetividade do plano de ações corretivas. Ocorreu, assim, uma quebra de confiança em relação aos processos internos da empresa devido a evidências de que os sistemas da Voepass perderam a capacidade de dar respostas à identificação e correção de riscos da operação aérea.

Dessa forma, a Anac determinou a suspensão das operações da empresa até que seja evidenciada a retomada de sua capacidade de garantir o nível de segurança previsto nos regulamentos vigentes.


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