Segundo Kim Lima, Diretor de Comercial e Marketing da Evolua Energia, referência em energia solar no Brasil, para compreender essas mudanças e adotar medidas eficazes para reduzir os gastos com eletricidade, é fundamental considerar diversos aspectos do consumo e da infraestrutura elétrica residencial.
‘‘Os consumidores devem estar atentos a fatores internos que impactam diretamente no valor da conta de luz. Questões na instalação elétrica e o uso de aparelhos antiquados ou com defeitos podem representar um peso significativo nos custos’’, explica..
Verificar e manter a integridade da instalação elétrica é essencial, especialmente em residências mais antigas. Fiações desgastadas ou defeituosas não apenas aumentam os custos de energia, mas também representam riscos à segurança dos moradores. “Sintomas como disjuntores que desarmam frequentemente indicam problemas elétricos subjacentes que devem ser corrigidos por um profissional especializado, evitando soluções paliativas que podem causar curtos-circuitos”, reforça.
O uso de aparelhos elétricos mais antigos ou com falhas também contribui significativamente para o aumento da conta de luz. “Eletrodomésticos desatualizados tendem a consumir mais eletricidade, enquanto dispositivos com problemas operam de maneira ineficiente, aumentando o consumo sem oferecer benefícios reais”, explica o especialista. Investir em equipamentos com classificação de eficiência energética Procel pode reduzir esses custos a longo prazo.
Outro fator importante é o isolamento térmico adequado. No Brasil, onde o uso de ar-condicionado é comum, um isolamento deficiente pode resultar em um consumo excessivo de energia para manter a temperatura interna. ‘‘Investir em melhorias no isolamento térmico pode ser uma solução econômica a longo prazo, reduzindo a dependência de dispositivos de resfriamento elétricos’’, afirma Lima.
Além disso, as mudanças climáticas impactam diretamente o custo da energia. A crise hídrica no Brasil, decorrente de períodos prolongados de seca, afeta a geração hidrelétrica, aumentando os custos de produção e refletindo-se nas contas de luz dos consumidores. ‘‘É crucial adotar medidas sustentáveis e investir em fontes mais limpas, como a energia solar, para mitigar esses impactos’’, destaca o especialista.
Investir em fontes limpas traz inúmeros benefícios claros e tangíveis para a sociedade. Um dos principais é a redução significativa das emissões de gases de efeito estufa, contribuindo diretamente para a mitigação das mudanças climáticas. Além disso, ao optar por fontes renováveis como solar e eólica, a população pode desfrutar de uma diminuição nas contas de luz a longo prazo, já que essas opções tendem a ter custos de operação e manutenção mais baixos em comparação com os combustíveis fósseis. Isso resulta em economias diretas para os consumidores, aliviando o peso das despesas mensais com eletricidade.
Outro benefício importante é que os consumidores podem aproveitar todas essas vantagens sem a necessidade de se preocupar com a instalação de equipamentos em suas residências. Programas de energia limpa, como os oferecidos por concessionárias e iniciativas governamentais, permitem que a produção de eletricidade renovável seja feita em larga escala, em fazendas solares ou parques eólicos, e distribuída através da rede elétrica existente. Isso significa que as vantagens das fontes limpas são acessíveis a todos, independentemente de sua capacidade de instalar painéis solares ou turbinas eólicas em suas propriedades. Dessa forma, a transição para uma matriz energética mais sustentável se torna inclusiva e prática para toda a população.