São Paulo, outubro de 2024 - Em setembro, os mercados de ações ficaram agitados pela divulgação da taxa Selic no Brasil, que agora está em 10,75% ao ano. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) cortou a taxa de juros em 0,50 ponto percentual para o intervalo entre 4,75% e 5,0%. Essas movimentações impactam diretamente os títulos de renda fixa. No caso da dívida pública americana (Treasuries), os títulos viram queda na remuneração, refletindo a expectativa de cortes mais agressivos. Apesar disso, especialistas afirmam que investir em moeda forte, como o dólar, segue sendo uma estratégia importante para qualquer carteira de investimentos, especialmente pensando em longo prazo.
Analistas destacam que a renda fixa ainda possui grande apelo, mesmo com o início do ciclo de cortes. De acordo com Paula Zogbi, gerente de Research e head de conteúdo da Nomad, fintech brasileira que facilita a vida financeira internacional dos brasileiros, é fundamental conhecer as opções de títulos disponíveis, suas características e os riscos envolvidos. “O mercado americano, sendo o maior mercado de capitais do mundo, oferece acesso a uma base global de títulos: governos e companhias do mundo inteiro fazem emissão de dívida denominada em dólar, pela maior investidores, além de aumentar a visibilidade e a possibilidade de captação de recursos”, explica.
Para o curto prazo, títulos com liquidez, vencimento no curto prazo e a segurança da maior economia do mundo continuam pagando taxas historicamente elevadas, além de oferecer proteção cambial com volatilidade baixa. Já para quem busca alongar os prazos, vencimentos médios, como os oferecidos pelas T-Notes, tendem a se beneficiar dos próximos cortes com oscilações menos significativas que as alternativas de prazos mais longos. Todos esses títulos podem ser acessados também através de ETFs.
Em compensação, em ciclos de altas dos juros, a variação de preço dos títulos de renda fixa tende a ser negativa, porque a correlação entre preço e taxa é inversa, explica Paula. Por isso, decisões sobre investimentos em títulos brasileiros de médio e longo prazo devem ser tomadas com cuidado e casando prazos de vencimento com os objetivos do investidor. “Não é o momento de comprar renda fixa brasileira pensando em vender antecipadamente, porque é difícil prever em que nível as taxas vão parar de subir”.
Com plataformas como a Nomad, que facilitam o acesso ao mercado americano, investir de forma dolarizada é simples e fácil. Desta maneira, a liquidez se torna um aspecto crucial na escolha entre os mercados brasileiro e americano. Como o mercado americano atrai uma grande parte dos investidores globais, a negociação de ativos tende a ser mais dinâmica, com maior volume de operações. “Vale ficar atento aos volumes negociados em ambos os mercados antes de tomar qualquer decisão”, recomenda Paula, “já que isso pode influenciar nos preços e na facilidade de resgate”.
Compreender os riscos de investir tanto na bolsa brasileira quanto na americana é essencial. Paula destaca que optar por instituições financeiras confiáveis e manter uma carteira diversificada são estratégias fundamentais para mitigar riscos. “Investir no exterior pode aumentar a volatilidade no curto prazo devido às variações cambiais, mas no longo prazo a tendência é proteger o patrimônio”, pontua.
Investimentos seguros em dólar e reais
Assim como no Brasil, os títulos do tesouro dos EUA são considerados uma excelente maneira de começar a investir e economizar para o futuro, especialmente por serem vistos como os títulos mais seguros do mercado financeiro. A especialista da Nomad separou as principais diferenças entre os dois mercados para quem está planejando diversificar sua carteira.
Títulos do tesouro nos EUA
1. Treasury Bills (T-Bill): Títulos de dívida pública dos Estados Unidos, semelhantes ao Tesouro Selic no Brasil. Destacam-se por seu prazo de vencimento entre um e 3 meses, o que os torna praticamente isentos de volatilidade, oferecendo estabilidade e segurança para investimentos de curto prazo. Seu risco é muito baixo, tornando-os uma das opções de investimento mais seguras. Ideal para investidores conservadores que buscam renda fixa e segurança. Não oferecem pagamento de cupons, mas o investidor que acessa esse tipo de títulos via ETFs recebe dividendos mensais.
2. Treasury Notes (T-Notes): Títulos de médio prazo com vencimentos de 2, 3, 5, 7 ou 10 anos. Os T-Notes oferecem pagamentos semestrais, permitindo que você receba, a cada seis meses, uma parte proporcional dos juros correspondentes ao período. O pagamento de cupom é semestral, semelhante ao dos T-Bonds, sendo uma opção para quem busca um equilíbrio entre risco e retorno, com um prazo de investimento intermediário.
3. Treasury Bonds (T-Bonds): Títulos de longo prazo, com vencimento tipicamente em 20 ou 30 anos. Também oferecem pagamento de cupom semestral, mas com maior volatilidade.
4. Treasury Inflation-Protected Securities (TIPS): Títulos cujo valor principal é ajustado de acordo com as variações do Índice de Preços ao Consumidor (CPI). Os TIPS pagam juros semestrais e têm vencimentos de 5, 10 e 30 anos. Os juros são calculados com base no valor ajustado, proporcionando proteção contra a inflação.
Títulos do tesouro no Brasil
1. Tesouro Selic: Uma opção para quem deseja investir de maneira segura e com alta liquidez. Seus rendimentos acompanham a taxa Selic e não há variações significativas de preços, oferecendo proteção para o longo prazo.
2. Tesouro Prefixado (LTN): Um investimento de renda fixa com juro determinado na emissão. Ao adquirir uma LTN, você empresta dinheiro ao governo por um prazo determinado e, em troca, recebe uma taxa de juros fixa, permitindo saber exatamente quanto irá receber ao final do período. Está sujeito à volatilidade do mercado, mas a taxa é garantida para quem mantém o título até o vencimento.
3. Tesouro IPCA+: O Tesouro IPCA+ protege seu investimento contra a perda de valor causada pela inflação, garantindo a preservação do patrimônio se mantido até o vencimento. Como têm uma parcela da remuneração prefixada, os efeitos de marcação a mercado também se aplicam a quem vende antecipadamente.
Ambos os países oferecem títulos de baixo risco, mas os Treasuries são considerados os mais seguros devido à estabilidade econômica dos EUA. Os TIPS são vantajosos em cenários de inflação, enquanto o Tesouro IPCA+ oferece proteção semelhante no Brasil. Os prefixados podem trazer retornos mais altos em períodos de juros elevados, mas em trajetória de queda. Os dois sistemas permitem a venda antecipada, mas a liquidez pode variar.
A escolha entre investir em títulos do tesouro nos EUA ou no Brasil depende do perfil de risco do investidor, objetivos de investimento e do cenário econômico, mas o ideal é compor sua carteira com ambas as alternativas. De acordo com Paula Zogbi, "é sempre recomendável diversificar e considerar o contexto econômico de cada país antes de tomar uma decisão".
Sobre a Nomad
Fintech brasileira pioneira em oferecer aos brasileiros uma conta bancária nos EUA com cartão de débito para uso em mais de 180 países, além de acesso a uma plataforma completa para investimentos internacionais desde 2019.
Atualmente, propicia uma vida financeira internacional completa e, em agosto de 2023, recebeu um aporte de US$61 milhões - o maior investimento em fintechs da América Latina. O objetivo é lançar novos produtos e expandir a sua plataforma com soluções financeiras, como a contratação de operações de câmbio, conta bancária americana e acesso a investimentos internacionais, incluindo ações e ETFs negociados nas principais bolsas americanas.
Com a Nomad, os clientes podem construir seu patrimônio financeiro em dólar, além de realizar transferências internacionais e compras no exterior com IOF reduzido, que pode gerar economia de até 10%, quando comparado com um cartão emitido no Brasil. O cartão Nomad é aceito em mais de 180 países para operações presenciais e virtuais, além de permitir saques em caixas eletrônicos (ATMs). Os serviços de investimento oferecidos pela Nomad são intermediados pela Global Investment Services DTVM Ltda. Em agosto de 2024, a fintech ultrapassou a marca de 2 milhões de clientes ativos, crescimento de mais de 53% desde o início do ano.
Saiba mais em: www.nomadglobal.com
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