20/06/2024 às 11h16min - Atualizada em 22/06/2024 às 00h00min

Mulheres amazônidas destacam a importância do FOSPA no debate sobre a COP30 e a crise climática

CAMILA DEL NERO
REPAM - Brasil
Foto: Óscar Tellez | REPAM

O XI Fórum Social Pan-Amazônico (FOSPA) reuniu, entre os dias 12 e 15 de junho, na Bolívia, em Rurrenabaque e San Buenaventura, lideranças indígenas, ribeirinhas, camponesas e urbanas de toda a Pan-Amazônia. O evento teve como objetivo fortalecer as alianças entre atores sociais da região Pan-Amazônica, trocar experiências e construir estratégias de ação na defesa da vida das populações e do bioma.  

O FOSPA é um espaço de trocas de experiências, saberes e de política social. É uma rede de articulação dos movimentos sociais, ONGs, pastorais em defesa da vida busca alianças para as diversas pautas socioambientais e políticas que se trava na Pan -Amazonia, reconhecendo as lutas e se fortalecendo para denunciar as mais diversas violações de direitos que as populações amazônicas enfrentam. 

A programação contou com momentos de debates e reflexões a partir dos eixos:  ligados aos povos indígenas e populações amazônicas, à “Mãe Terra”, ao extrativismo e alternativas e às resistências das mulheres. As organizações propuseram projetos e construção de documentos com propostas de ação, além de visitas às comunidades indígenas da região e atrações culturais. Nele, grupos de trabalho também trouxeram as ações realizadas em seus territórios. 

Para Aurinete Brasil, assessora técnica regional da Cáritas Brasileira no Acre, a participação do Brasil foi muito importante e proveitosa, mas destacou a necessidade de ser mais ousados e fazer incidência junto ao poder público, à Câmara dos Deputados e Senado, juntos aos Ministérios e os órgãos reguladores, quanto ao cuidado com meio ambiente, pois essa relação homem-meio e ambiente-homem precisa ser mais incisiva. 

“Vários países por meio de pessoas que representaram os organismos sociais, como REPAM-Brasil, a Cáritas e outras instituições que trabalham com a Gestão de Riscos e Meio Ambiente, considerando todo o esforço que tem sido realizado por estas instituições, pelos povos e comunidades tradicionais não são em vão, porém não podem ser isoladas, pois a Crise Climática instalada é responsabilidade de todas as pessoas. Precisamos de ações coletivas para salvar o planeta”, destacou Aurinete. 

A participação dos diversos comitês do Brasil no XI FOSPA, reconhece as forças em que as redes vêm se organizando politicamente nessa experiência de construção de novas alternativas para fazer o debate e apresentar propostas concretas de defesa da vida na expectativa de levar as principais demandas a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), em novembro de 2025. Os movimentos organizados juntam forças na defesa do planeta na esperança de que os líderes possam ouvir o ressoar das vozes que vem das comunidades rurais, das periferias das cidades dos povos originários.   

“O FOSPA é um espaço de resistência e construção de alternativas para os povos da Amazônia. Um espaço de articulação, ação e reflexão para a defesa e proteção da Amazônia, os temas debatidos são de suma importância para o atual momento. Destaco a diversidade de movimentos do campo e cidade, ⁠a resistência dos lutadores e lutadoras em defesa da vida e a articulação dos diversos movimentos socais, ong, pastorais em ações estratégicas na defesa da Amazônia e seus povos”, ressalta Francely Brandão, representante da Cáritas da Arquidiocese de Santarém (PA).  

 


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CAMILA DEL NERO FERREIRA
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