20/09/2023 às 22h30min - Atualizada em 20/09/2023 às 22h30min

Roberto Cidade vai propor implementação de programa habitacional para moradores de área de risco em Manicoré

Foto divulgação
O deslizamento de um barranco no município de Manicoré (distante 331 quilômetros de Manaus), que “engoliu” parte da orla da cidade e fez desmoronar 16 residências, motivou o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), a reforçar o pedido para que sejam criados centros descentralizados da Defesa Civil Estadual. E ainda que seja apresentado aos deputados o planejamento do órgão para atuação em casos de desastre natural nos municípios amazonenses. 
Outro pleito do deputado presidente foi quanto à implementação de programas habitacionais no município, iniciando pelo bairro de Santa Luzia, onde houve o deslizamento. No local, além das 16 residências já afetadas, outras 30 correm o risco iminente de serem engolidas pelo barranco. 
“Tenho grande identificação com Manicoré, que é a terra natal da minha família. Infelizmente, no sábado a noite, o deslizamento de terra no bairro Santa Luzia, onde passei parte da minha infância, levou barranco abaixo 16 casas. Agradeço ao governador Wilson Lima por, de imediato, ter acolhido o nosso pedido e do prefeito Lúcio Flávio e ter mobilizado a Defesa Civil para atender a essa ocorrência. No dia seguinte, uma equipe já estava lá e, juntamente com a prefeitura municipal, iniciou a assistência à população. Como bacurau, me solidarizo e reforço meu compromisso com Manicoré. Coloco nosso mandato à disposição para fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar a minorar os danos e ajudar a população a se reerguer”, afirmou. 
Dentre as propostas apresentadas por Cidade estão a implementação de programas habitacionais no município. Ele também reforçou a sugestão de criação de polos da Defesa Civil no interior do Estado, para que a pronta-resposta seja mais ágil. 
“Além das 16 casas, outras 30 estão ameaçadas com o deslizamento de terra. Para minimizar o sofrimento dessas famílias e garantir novas perspectivas, o ideal seria que a Suhab (Superintendência de Habitação) desenvolvesse um programa habitacional no município. O presidente da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), Marcellus Campêlo, já foi consultado sobre a possibilidade de desenvolver um projeto parecido com o que foi realizado recentemente em Maués. Precisamos dar o encaminhamento, o apoio e buscar soluções para essas famílias, principalmente as que ficaram desabrigadas”, reforçou.  
 
 
Defesa Civil na Aleam
 
Também foi pleito do deputado presidente que a Defesa Civil instale polos descentralizados no interior e que o secretário-Executivo do órgão, coronel Francisco Máximo Filho, apresente o planejamento de atuação para os municípios do Amazonas, especialmente para esse período de estiagem. 
“No próximo dia 29, o titular da Defesa Civil do Estado, coronel Máximo Filho deve vir à Assembleia para nos esclarecer quanto ao plano estadual da Defesa Civil para enfrentarmos esses desafios naturais que têm se apresentado. É importante termos esse panorama. Na ocasião, iremos reforçar essa demanda pela descentralização dos polos. Isso favorecerá o município que ficar como sede, bem como os do entorno”, argumentou. 
Os deputados João Luiz (Republicamos) e Dan Câmara (Podemos), que apartearam a fala do deputado Cidade, também ressaltaram a importância de que a atuação das equipes da Defesa Civil seja descentralizada.
“Precisamos, urgentemente, iniciar esse debate sobre o fortalecimento da Defesa Civil em todo o estado do Amazonas. Essa ampliação é uma necessidade. A exemplo do que acontece com outras secretarias, a de Defesa Civil também precisa ser estendida para outros municípios para que a resposta seja mais rápida. Estamos vivendo a estiagem, mas já tivemos ciclone, cheia recorde”, enumerou João Luiz.  
Na mesma esteira, o deputado Comandante Dan falou sobre a necessidade de se ter uma visão geral do Plano Estadual da Defesa Civil. “Essa é uma realidade que alcança diversos municípios e nós precisamos conseguir enxergar os riscos para que as medidas sejam adotadas, medidas proativas e que venham a minimizar os sofrimentos das populações tradicionais e ribeirinhas”, sugeriu Comandante Dan.

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